Além da bandeira do Brasil, a do arco-íris: Atletas brasileiros LGBTQIAPN+ que lutam com orgulho pela causa

Esportistas levam diversidade e representatividade para os Jogos Olímpicos de Paris

Durante a abertura das Olimpíadas de Paris 2024, na última sexta-feira, muito se falou que estes serão os Jogos do Amor. E a festa fez questão de mostrar que ele está presente na terra, no mar, no ar e deve ser celebrado por todos, todas e todes. Além de significar competição, desafios e medalhas, para alguns atletas, a disputa representa muito mais do que o maior evento esportivo do mundo. Além da bandeira do Brasil, que carregam com muito orgulho, existe um seleto time que também faz questão de levantar a colorida bandeira LGBTQIAPN+. Dos 155 competidores da comunidade gay, 24 deles são brasileiros. Seja na ginástica, vôlei, atletismo ou natação, os competidores do país dão um show à parte quando o assunto é inclusão, representatividade e, sobretudo, luta por respeito e direito ao amor livre.

Atletas nos Jogos de Paris que lutam pela causa LGBT

Ana Marcela Cunha

A campeã olímpica Ana Marcela Cunha, um dos nomes esperados para trazer a medalha de ouro para o Brasil na modalidade de maratona aquática, oficializou a união com a preparadora física Juliana Melhem, no ano passado. Ana Marcela está em Paris buscando mais uma medalha de ouro, repetindo o feito dos Jogos de Tóquio, em 2021, quando além de homenagear os pais, fez questão de agradecer a então namorada.

No casamento, as duas fizeram questão de subir ao altar usando a bandeira com as cores do arco-íris, simbolizando o orgulho em fazer parte da comunidade. No ano passado, ela publicou um vídeo no mês de junho, em que é comemorado o orgulho LGBTQIA+, e reafirmou o apoio à causa: “Tenho orgulho de poder ajudar e motivar outras pessoas a terem coragem de enfrentar os preconceitos que ainda existem e irem em busca de seus sonhos”, escreveu nas redes sociais.

Nick Albiero

Nicolas Albiero, ou Nick, como é chamado pelos mais próximos, é o primeiro nadador brasileiro abertamente gay a competir nas Olimpíadas. Nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, Nick Albiero é filho do treinador Arthur Albiero e da americana Amy. Há quase um ano, ele decidiu competir representando o Brasil e se mudou para Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Em seu perfil no Instagram, o atleta faz referências às lutas da comunidade LGBTQIA+ e compartilhou registros de sua participação nas paradas do orgulho.

Rafaella Silva

Campeã no judô nas Olimpíadas de 2016, Rafaela é outra atleta brasileira atuando na causa pelo respeito e diversidade. Ela é casada desde 2020 com a ex atleta da seleção brasileira Eleudis Valentim e judoca do Clube de Regatas do Flamengo, atualmente.

Nas redes sociais, elas compartilham com frequência fotos com as cores da bandeira LGBT e mensagens de respeito a comidade.

Gabi Moreschi

Gabi Moreschi foi destaque logo na estreia do handebol feminino nas Olimpíadas em Paris, mas o que também chamou atenção foi a torcida fervorosa da namorada da goleira. Gabi contou com o apoio da namorada, a também jogadora de handebol profissional Paulina Uścinowicz, que é polonesa e não se classificou para os Jogos Olímpicos.

Nas redes sociais, as duas costumam compartilhar momentos juntas, vibrar pelas conquistas uma da outra, e fazer publicações de declaração, cheias de amor.

Beatriz Ferreira

Medalhista de prata em Tóquio, a boxeadora Beatriz Ferreira está pronta para subir ao pódio e trazer para o Brasil a tão esperada medalha de ouro. Os Jogos Olímpicos de Paris para a atleta se torna mais especial por ter a noiva bem de pertinho. Beatriz está noiva desde 2021 da velocista Ana Carolina Azevedo.

O relacionamento ficará ainda mais sério após as olimpíadas, quando pretendem dizer o tão aguardado “sim” no altar. Nas redes sociais, elas costumam trocar declarações de amor e apoiar uma a outra: “Que sorte a minha de dividir a minha vida com essa mulher incrível, já vivemos tantos bons momentos e que venha muito mais por aí”, escreveu Bia no aniversário de Ana, no ano passado, fazendo questão de dizer que é fã número 1 da atleta.

Arthur Nory

Arthur Nory contou com a torcida do namorado João Otávio Tasso, durante a competição em Paris. Mas o ginasta, que foi bronze no solo na Rio 2016, não conseguiu se classificar para tentar qualquer medalha em Paris e foi eliminado dos Jogos. Ele e o rapaz estão juntos desde 2017. Empolgado, João mostrou que estava na arquibancada acompanhando o amado.

Nas redes sociais, os dois trocam declarações de amor e compartilham momentos do namoro com seus seguidores. “Você me dá sorte na vida”, se declarou o namorado na foto mais recente ao lado do ginasta.

Rayan Castro Dutra

Competindo na ginástica de trampolim, Rayan está fazendo sua estreia nas Olimpíadas de Paris. Bissexual, ele faz o maior sucesso ao mostrar seus looks e dicas de estilo nas redes sociais. O ginasta tem chamado atenção ao mostrar seu dia a dia de treinos e sua rotina de preparação para os Jogos Olímpicos.

Nos comentários das publicações de Rayan não faltam elogios. Ele já está até mesmo sendo considerado pelos fãs um dos “musos” da competição. Para além da exaltação por também ser influenciador, ele tem ganhado torcida para trazer a medalha de ouro para o Brasil.

Izabela Silva

Disputando na modalidade de lançamento de discos, a atual campeã pan-americana e finalista em Tóquio 2021, Izabela namora há cerca de cinco anos com Gabriela Senhorini. Nas redes sociais da atleta, além dos registros e comemorações de suas competições, ela faz questão de se declarar para a namorada.

“Não importa as dificuldades que apareçam no caminho, quero sempre estar ao seu lado, meu amor”, escreveu para Gabriela no Dia dos Namorados do ano passado.

Rosamaria

A musa da seleção brasileira feminina de vôlei Rosamaria revelou na semana passada que namora uma mulher. A atleta e a advogada Cristal Mastrangelo estão juntas há pelo menos quatro anos. Elas se conheceram no Rio um ano antes das Olimpíadas de Tóquio e da primeira convocação de Rosamaria para a seleção do país em jogos olímpicos. O amor pelo esporte também uniu as duas. Enquanto cursava Direito na UFRJ, Cristal fez parte do time de vôlei da universidade, participando de competições, sendo medalhista, como a namorada.

*Com informações de Extra