Estrelas adultas refletem se assinar conteúdo é traição e dão veredito polêmico
‘Traição financeira’ foi um dos termos usados para descrever o sentimento de uma das criadoras caso seu parceiro se envolvesse virtualmente com alguém
O mundo pornográfico teve uma grande transformação nos últimos anos com o aumento de produtores de conteúdo adulto independentes, inclusive casais que se juntam para vender a própria vida íntima aos assinantes.
Entre tantas polêmicas que esse tipo de assunto costuma render — como o tal mundo luxuoso que os principais influenciadores adultos dizem ter —, uma questão sempre aparece no debate: é ou não é traição uma pessoa comprometida assinar conteúdo de criadores e criadoras específicos? Até porque, diferentemente da pornografia tradicional, plataformas como o OnlyFans e Privacy personificam ainda mais a experiência, com interações diretas entre autor e assinante.
O site australiano News conversou com três modelos que produzem conteúdo para plataformas adultas por assinatura. Entre as ações, elas permitem envio de mensagens, pedidos personalizados e até conversas por vídeo.
E antes que você reclame da parcialidade das entrevistadas, elas não puxaram a sardinha para o lado delas. “Acho que assinar uma conta OnlyFans é considerado traição. Você está formando um relacionamento com esses criadores que, do seu ponto de vista, você acha que é real”, opinou Sharna Beckman ao site.
Sharna acrescentou que se você compra vídeos explícitos de uma pessoa com quem está criando um relacionamento, você está prejudicando seu parceiro ou parceira. “Se o seu parceiro não sabe disso, concordo 100% que é classificado como traição”, cravou. “Por que meu namorado iria querer assinar a conta de outra criadora quando ele pode ter essa experiência comigo na vida real?”, questionou.
“Se ele assinasse a conta de outra pessoa, eu definitivamente não ficaria feliz e ficaria confusa sobre por que ele iria querer fazer isso. Eu classificaria isso como traição, pois seria pelas minhas costas.”
Mia Bailey, outra modelo que produz conteúdo adulto, foi na mesma linha. “Para os homens e mulheres que pagam para assinar uma conta, isso pode ser visto como traição financeira ou cibernética”, refletiu. Ela pontuou que é diferente da pornografia porque não é apenas um recurso visual; é uma experiência pessoal. “Você não interage com os criadores de um vídeo pornô”, argumentou.
“Acredito em ser fiel e dedicada ao parceiro, e meu parceiro também [é comigo]. É assim que conduzimos nosso relacionamento, mas não julgamos como as outras pessoas escolhem conduzir seu relacionamento”, garantiu.
Ruby Drew, por sua vez, explicou que não se incomoda com pornografia tradicional, mas que não aceitaria seu namorado assinando um perfil de outra mulher. “Acho que é uma versão muito mais personalizada do pornô e me sentiria desconfortável se ele estivesse pagando para assistir a uma determinada garota”, confessou. Talvez, só talvez — ela refletiu — se ambos concordassem em fazer isso juntos.
O debate em torno dessas plataformas costuma trazer polêmica. Por um lado, as pessoas que mais fazem sucesso afirmam ganhar muito dinheiro; por outro, no entanto, se tratam de uma minoria, o que pode iludir aqueles que cogitam, no desespero, ter uma grana a mais, sem pensar direito nos problemas que tal exposição pode trazer para sua vida pessoal ou profissional.
Quem tem certeza e faz sucesso, entretanto, costuma elogiar o trabalho ousado. Não à toa, várias celebridades, que já têm uma base fiel de fãs, aderiram a essas plataformas, como Bella Thorne, Carmen Electra, Donna D’Errico, Iggy Azalea, Tyga e muitos outros.
*Com informações de Revista Monet