Por que as aranhas não se embaraçam nas próprias teias?
Como as aranhas não ficam presas nas suas próprias teias? Basicamente, esses aracnídeos evoluíram para transitar em suas armadilhas que capturam tantas outras espécies. A seda produzida pela aranha é uma fibra natural feita de proteína, construída a partir da utilização de sete glândulas diferentes. Cada glândula produz seda com características e utilizações específicas.
Conforme explica o Museu de História Natural de Londres, nenhuma espécie de aranha tem todas as sete glândulas, mas muitas espécies possuem mais de uma. Na prática, a seda sai da glândula com o auxílio de fieiras que possuem estruturas semelhantes a bicos.
A seda líquida sai do corpo da aranha devido à gravidade e depois se solidifica. Algumas sedas podem atuar como “cimento”, fixando a teia, e outras atuam como um revestimento pegajoso.
A teia é reforçada com uma espiral auxiliar que ajuda a sustentar a aranha à medida que ela se constrói, mas é cortada e substituída por uma espiral de captura revestida com bolhas de uma substância semelhante a cola.
Pode parecer que a aranha corre o risco de ficar presa na própria teia, mas o que acontece é que nem toda a seda ficará pegajosa. Além disso, as garras especializadas nos pés da aranha combinadas com posicionamento escolhido ajudam a mantê-las afastadas das partes pegajosas.
De acordo com o Smithsonian Insider, as pernas das aranhas também são revestidas com uma combinação antiaderente de pêlos ramificados e um revestimento químico anti-adesão.
“As aranhas movem cuidadosamente as pernas de forma a minimizar as forças adesivas à medida que empurram as linhas de seda pegajosas centenas a milhares de vezes durante a construção da teia”, diz o artigo.
Curiosidades sobre as aranhas
Esses animais são verdadeiramente intrigantes. Você sabia, por exemplo, que as aranhas usam as teias para ampliar a audição? Em estudo publicado na National Academy of Sciences, pesquisadores de Binghamton University (EUA) ajudaram a esclarecer como as teias ajudam a capturar sons, proporcionando aviso sobre presas ou predadores nos arredores.
Segundo o artigo, um fio da teia de aranha é tão fino e sensível que pode detectar o movimento de partículas de ar vibrantes que compõem uma onda sonora.
Em 2022, uma pesquisa publicada na revista científica The Royal Society Publishing se concentrou justamente em estudar a estrutura de uma teia e suas vibrações, e ainda decidiu transformar tudo em música.