O PornHub bloqueou monetização de Mia Khalifa por causa da guerra Israel-Hamas?
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas invadiu também o mundo da pornografia. Ao longo dos últimos dias, as redes sociais repercutiram muita a notícia de que o site PornHub teria congelado as receitas dos vídeos da ex-atriz pornô Mia Khalifa e doado esse dinheiro a um fundo de assistência israelense — um fato pitoresco que chama a atenção justamente por colocar o universo pornô no meio do conflito.
Tudo isso por causa de declarações da própria Khalifa. A ex-modelo e atual influenciadora vem, desde o início da guerra, demonstrando seu apoio à causa palestina. E isso é algo que gerou uma certa polêmica na indústria do entretenimento adulto, sobretudo após a empresa Red Light Holland criticar a postura e as opiniões da moça.
É a partir disso que a notícia sobre o envolvimento do PornHub na discussão ganhou força. A plataforma de videos pornôs é conhecida por se engajar em causas que vão além da pornografia como forma de ganhar visibilidade fora da bolha onanista, e o boicote a Khalifa seria uma forma de aproveitar o interesse público na situação do Oriente Médio para capitalizar em torno do tema.
O problema, no entanto, é que não há nenhuma evidência de que o tal congelamento dos recursos realmente aconteceu. Como dito, a notícia se espalhou pelas redes sociais, mas não há nenhuma fonte oficial confirmando o caso. Não há qualquer nota por parte do PornHub e tampouco da ex-atriz, que segue bastante ativa em seu perfil no Twitter X e também no Instagram, mas sem citar nada sobre o assunto — o que deixa tudo com cara de fake news.
Por isso mesmo, não é possível dizer com exatidão que o site de vídeos pornô redirecionou a monetização do canal de Khalifa ou que mesmo tenha doado algum tipo de recurso a Israel.
Mia Khalifa e a causa Palestina
Por outro lado, é fato que Mia Khalifa tem comprado brigas com marcas e patrocinadores por defender a causa palestina. A influenciadora, que é de origem libanesa, já expressou de forma bastante veemente sua posição sobre o conflito e não vê problema em bater de frente com quem a critica ou mesmo a ataca por causa disso.
“Eu apoio todas as pessoas oprimidas e em qualquer lugar até que ninguém mais tenha que lutar por liberdade”, responde a ex-atriz a uma mensagem que condena sua postura no conflito. “Eu sou do Líbano e vivi mais ataques aéreos das Forças Israelenses do que seu pequeno cérebro privilegiado por imaginar”. E ela complementa: “Jamais desrespeite a mim ou à minha experiência com sua guerra geopolítica de novo, seu garoto”.
Apesar disso, Khalifa faz questão de destacar que o seu apoio à causa Palestina não tem nada a ver com o Hamas, mas com o que ela chama de apartheid moderno que vem sendo feito com o povo na região da Faixa de Gaza. “Se você olha para a situação na Palestina e não fica ao lado dos palestinos, então você está no lado errado do apartheid e a história vai mostrar isso com o tempo”, escreve em outra mensagem.
Essa postura mais combativa fez com que Khalifa encontrasse resistência de alguns patrocinadores, como a Red Light Holland. O apresentador canadense e fundador da marca de cogumelos recreativos Todd Shapiro condenou as falas da influenciadora e a “demitiu” pelo Twitter.
“Considere-se imediatamente demitida. Simplesmente nojento”, escreveu Shapiro na rede social. “Além de nojento. Por favor, evolua e se torne uma pessoa melhor”.
Em resposta, Khalifa explicou que apoiar a Palestina sempre fez com que ela perdesse muitas oportunidades, mas que isso a irrita menos do que saber que ela fez negócio com uma empresa sionista. Eu sou do Líbano e você é louco de esperar que eu fique do colonialismo”.
*Com informações de Canal Tech