POUSOS E DECOLAGENS

Já fiz milhares de pousos e decolagens nessa minha viajação mundo afora, mas não me esqueço da nossa chegada e da saída de Genebra, na Suíça.  A bela cidade fica encravada entre vários montes nos Alpes e seu aeroporto, da mesma forma, precisa de uma perícia especial do comandante para serpenteá-los e chegar ao destino são e salvo com seus passageiros a bordo. O avião, como sabemos, voa a dois, três mil metros do chão e quando vai pousar faz uma manobra que os pilotos chamam de ‘aproximação’, não é, Zuza? Ou seja, o piloto vai baixando gradativamente para não incomodar os passageiros até entrar numa altitude de segurança e fazer o pouso.

Mas, em Genebra, não dá para ser assim, pois, tem muitos morros à frente dele. Então, num determinado momento, tudo é calculado pelos computadores de bordo e pela sensibilidade e perícia do piloto, que joga o avião para baixo, para cair mesmo, até atingir a altura adequada para fazer o pouso com segurança.

Para os que não estão preparados ou não foram advertidos pela tripulação – como era o nosso caso nas duas situações –, o susto é grande. A sensação é a de que o avião perdeu altura, bruscamente e vai estatelar-se nos montes congelados dos Alpes.

Na decolagem, acontece o inverso, o avião faz o taxiamento na borda da pista, para aproveitá-la inteiramente, cada metro mesmo, acelera no cabo para ganhar força para decolar bem ao final da pista, já com montes altíssimos à sua frente. E mete a cara, como se diz popularmente, até levantar voo com os picos das montanhas raspando-lhe a barriga.

Comentei com o Jarjour, ao meu lado: “Dessa, amigo, nós escapamos!” Ainda assustados, voamos para Copenhagen, escala para pegar um ferry-boat até Malmo no sul da Noruega, para uma reunião de negócios. Ufa!

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Roberto Hermeto Brandão – advogado e professor aposentado
Email: robertohbrandao@gmail.com



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