Sucesso da Copa do Mundo Feminina faz anúncios perigosos aumentarem em 60%
A Copa do Mundo Feminina levou a um aumento de quase 60% na veiculação de anúncios fraudulentos, voltados a levar os usuários a sites perigosos, infectar dispositivos e roubar dados. O crescimento nesse fluxo foi registrado durante o mês de julho e começou a acontecer antes mesmo da abertura da competição.
Entre 1 e 20 de julho, data em que a bola começou a rolar, foram veiculados cerca de 260 milhões de propagandas fraudulentas. Foi esse o volume que levou a um aumento de 59% nos números globais de anúncios perigosos, que chegaram a representar 1,22% de todos os espaços desse tipo exibidos aos usuários de internet do mundo.
“A maior atenção dos meios de comunicação aos jogos deste ano criou mais oportunidade aos criminosos e levou ao aumento no risco de fraude”, explica Maria Byrne, diretora geral para a América Latina da IAS, empresa especializada em publicidade digital. De acordo com ela, os números, inclusive, foram similares aos vistos em outros eventos esportivos de grande porte, como os Jogos Olímpicos de 2022.
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“A fraude de anúncios tende a seguir os dólares, com os principais eventos de mídia geralmente levando a picos significativos de golpes”, completa a executiva. Entretanto, os números da IAS apontam uma trajetória ascendente na utilização de anúncios pelos cibercriminosos, apenas alavancada pelo interesse sazonal na Copa do Mundo Feminina.
Os números também chegam perto daqueles que foram registrados no ano passado, durante a Copa do Mundo masculina. Ao final de 2022, dados da IAS apontaram que o total de fraudes de anúncios dobrou, com aumentos significativos nos EUA e Reino Unido em um período no qual os golpes desse tipo ainda eram uma tendência.
Como funcionam as fraudes de anúncios?
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Ao usar temas de grande circulação, como eventos esportivos ou grandes estreias de filmes, a ideia dos cibercriminosos é atrair usuários para sites perigosos. Em troca de supostas transmissões ao vivo de jogos ou longas esperados, os bandidos podem exigir cadastros com dados pessoais ou o pagamento de taxas, bem como o download de aplicativos com vírus para o celular ou computador.
Ao adquirir anúncios, muitas vezes utilizando marcas conhecidas além dos já citados temas sazonais, os criminosos também garantem que seus links apareçam acima até mesmo daqueles de desenvolvedores originais. A ideia, afinal, é atrair o clique, com o acesso à página perigosa também podendo levar à visualização de outras propagandas que geram lucro financeiro.
A recomendação aos usuários é de atenção no uso de ferramentas de busca e acesso a sites encontrados por meio delas. Download e instalações devem ser realizadas apenas de fontes reconhecidas, dos próprios desenvolvedores, enquanto a pesquisa por conteúdos obtidos de forma não-oficial deve ser evitada; prefira plataformas licenciadas ou serviços de streaming reconhecidos para assistir ao material desejado.
*Com informações de Canal Tech