Odysseus 6K | Robô que achou destroços do submarino Titan é operado remotamente

Dentre todos os veículos operados remotamente (ROVs, na sigla em inglês) que trabalharam nas buscas pelo submarino Titan, o robô que se destacou por encontrar os destroços próximos ao naufrágio do Titanic — a 3,8 km de profundidade — é o Odysseus 6K. Com menos de 1,7 tonelada e conseguindo chegar a 6 km de profundidade, o que dá seu nome, o equipamento foi construído pela Pelagic Research Services e protagonizou os achados submersos na última quinta-feira (22).

ROVs costumam ser usados para instalar e fazer a manutenção de sistemas de observação oceânica, coletar amostras biológicas e geológicas, fotografar e filmar o ambiente submarino e, no caso das buscas pelo submersível perdido da OceanGate, exploração e recuperação no fundo do mar. O nome do robô faz referência a Odisseu, ou Ulisses, herói mitológico grego que participou da Guerra de Troia e enfrentou uma jornada de 20 anos no mar para retornar ao seu lar, na ilha helênica de Ítaca.

O Odysseus 6K em uso, sendo içado para o mar a partir de um navio — é assim que ele foi levado ao local das buscas pelo submarino Titan (Imagem: Pelagic Research Services/Divulgação)

Customizável, o Odysseus 6K pode ser equipado conforme o uso pretendido, podendo utilizar de braços articulados e câmaras biológicas para amostras a sismômetros, válvulas extras para deslocamento submarino e toda sorte de equipamentos hidráulicos. Sensores adicionais, fibras e maior capacidade energética finalizam o rol de capacidades do robô.

Como o Odysseus 6K é controlado?

Uma sala de controle dentro de um container chamada Odysseus Control Van, com 6,10 m, abriga os operadores do ROV, onde o processamento de vídeo e dados de alta precisão é feito. Cientistas e líderes de expedição também ficam no local, podendo guiar os pilotos em relação ao trajeto e mergulho necessários para a viagem submarina.

Sala de controle do Odysseus 6K, onde ficam os operadores do ROV e os cientistas ou coordenadores de esforços de busca (Imagem: Pelagic Research Services/Divulgação)

O robô pode ser lançado de qualquer tipo de navio, sem necessidade de equipamentos de lançamento e recuperação (LARS, na sigla em inglês), e, no caso das buscas pelo Titan, foi abrigado pelo navio canadense Horizon Arctic.

O encontro dos destroços e destino dos tripulantes

O Odysseus 6K chegou à região das expedições de resgate na madrugada da última quinta-feira (22) e submergiu por volta das 8h da manhã, encontrando os destroços do submergível da OceanGate horas depois. Também participando da empreitada, estava o Victor 6000, um ROV canadense abrigado pelo navio francês L’Atalante, que usou seu scanner 3D para tentar localizar sinais do Titan.

Segundo contou à BBC News um dos fundadores da OceanGate, uma implosão instantânea teria acometido o veículo de fibra de carbono da empresa, matando na hora todos os 5 tripulantes. A Guarda Costeira dos Estados Unidos relatou ter encontrado um campo de destroços próximo ao local do naufrágio do Titanic, para onde os turistas submarinos estavam indo.

As vítimas são:

  • Stockton Rush, piloto do submarino e CEO da OceanGate;
  • Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e especialista no naufrágio do Titanic, com várias viagens ao navio, que afundou em abril de 1912;
  • Hamish Harding, bilionário e explorador britânico;
  • Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
  • Suleman Dawood, filho de Shahzada.

Fonte: BBC 12Pelagic Research Services

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