Oceanos globais bateram recorde de temperatura em maio de 2023

Os oceanos ao redor do mundo alcançaram no último mês a maior temperatura já registrada nesta época do ano, de acordo com um anúncio feito nesta quarta-feira (07) pelo sistema Copernicus — serviço de monitoramento climático da União Europeia.

A temperatura nos mares, em uma profundidade de até 10 metros, teria ultrapassado em até 0,25 ºC a média do mês de maio no período entre 1991 e 2020. De acordo com Samantha Burgess, diretora do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), abril também apresentou um recorde de calor nas águas.

O cenário preocupa os especialistas, pois as temperaturas ainda podem subir nos próximos meses — o fenômeno El Niño é esperado para 2023 e o planeta já dá indícios de que ele está próximo. Consistindo em um aquecimento superficial das águas do Oceano Pacífico, o evento faz parte de um ciclo natural da Terra e possui efeitos ao redor de todo o globo.

A alta na temperatura dos oceanos tem consequências negativas para a vida marinha e para o gelo nos polos (Imagem: ADICTIVE_STOCK/envato)

Absorvendo cerca de um quarto do gás carbônico presente na atmosfera e até 90% do calor do aquecimento, o oceano desempenha um papel vital no equilíbrio do clima na Terra, mas ele vem apresentando consequências por exercer esta função. Entre elas, estão a acidificação das águas — impactando inúmeras formas de vida marinhas — o derretimento de geleiras, pelo calor excessivo que ele vem recebendo.

As altas temperaturas no globo ainda vêm se manifestando também fora do oceano. Em terra firme, o último mês entrou para a história como o segundo mês de maio mais quente da história. Ondas de calor vêm sendo reportadas em diversas partes do mundo, como na Europa e no sudeste asiático. Além disso, mais de 400 focos de incêndio florestal estão ativos no Canadá neste momento, de acordo com o C3S.

O sistema Copernicus é operado pela Agência Espacial Europeia e conta com observações de satélites, medições de navios, aeronaves e estações climáticas, além de modelos climáticos computacionais.

Fonte: Phys.org e Canal Tech

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