O céu não é o limite! | Cometa brilhante, explosão solar, lua de Júpiter e mais
Bem vindos a mais um resumo das principais notícias astronômicas da semana. Dessa vez, as movimentações no Sistema Solar foram destaque, como a descoberta de um cometa se aproximando do Sol e um asteroide com uma chance mínima de atingir a Terra daqui a um ano.
Confira essa e outras notícias e fique por dentro.
O cometa que pode brilhar mais que Vênus
Um cometa está a caminho do Sol e passará perto da órbita terrestre em 2024. A melhor parte é que, segundo as estimativas dos astrônomos, ele pode brilhar mais que Vênus, o objeto mais brilhante do céu noturno depois da Lua. Essa é a primeira vez que ele vem ao Sistema Solar interno nos últimos 80 mil anos.
No entanto, ainda teremos que esperar para ter certeza de que esse espetáculo realmente ocorrerá, já que cometas são muito imprevisíveis e podem até mesmo se partir em vários pedaços quando se aproximam de nossa estrela. Até lá, os cientistas acompanharão melhor o visitante para aprender mais sobre ele.
A erupção solar com ejeção de massa coronal
Na madrugada de segunda-feira (6), algumas erupções solares médias e fortes causaram apagões de rádio de ondas curtas na Austrália. Embora não tenha sido direcionada ao nosso planeta, a radiação ionizou o topo da atmosfera da Terra ao passar “de raspão”.
A explosão também lançou uma ejeção de massa coronal, também tendo a maior parte enviada para longe da Terra. Os astrônomos permaneceram atentos para o possível surgimento de auroras devido a este evento, mas acabou não acontecendo.
As novas fotos da lua Io, de Júpiter
A lua joviana Io foi fotografada pela sonda Juno durante um sobrevoo realizado no dia 1º de março, a uma distância de 51 mil km, aproximadamente. É a primeira vez que este mundo vulcânico é observado tão de perto desde a missão New Horizons, que passou por lá em 2006.
Aliás, foram notadas algumas diferenças entre o estado de Io em 2006 e agora, devido às atividades vulcânicas.
O acordo para cosmonautas irem à ISS em naves da SpaceX
As negociações para permitir cosmonautas (astronautas russos) a viajarem ao espaço em espaçonaves da SpaceX estão sendo renovados. O acordo foi firmado em julho do ano passado e é recíproco, ou seja, astronautas norte-americano também podem ser lançados a bordo de uma nave russa Soyuz. Com isso, as missões Crew-7 e Crew-8 poderão contar com astronautas russos.
A galáxia em forma de anel formando estrelas
Enquanto observavam a galáxia SPT0418-47, localizada a 12 bilhões de anos-luz de distância, os cientistas encontraram um brilho que logo identificaram outra galáxia, dessa vez distorcida e ampliada por uma lente gravitacional, formando um anel de Einstein.
As duas galáxias estão próximas o suficiente para iniciarem um processo de fusão e apresentam certa abundância de elementos pesados, como oxigênio. Isso significa que elas evoluíram muito rápido para objetos que se formaram quando o universo tinha apenas 1,4 bilhões de anos.
O desvio da ISS para driblar satélite
Um satélite da Satellogic obrigou a Estação Espacial Internacional a se desviar para evitar uma aproximação perigosa. Para isso, a estação usou seus propulsores por pouco mais de seis minutos em uma manobra que durou 475 segundos.
Segundo especialistas, o satélite er o NewSat-17, lançado pela Satellogic em 2020. A NASA avisou que a manobra não atrapalhou nenhum dos planos do laboratório obital.
O telescópio com lente ultrafina e achatada
A imagem acima é uma ilustração que revela o conceito do primeiro telescópio com uma metalente compacta e ultrafina, já usado para capturar uma imagem da Lua. Este tipo de lente contém pequenos padrões para focar a luz e ampliar objetos distantes. Uma das diferenças dessa lente com as comuns é a ausência de uma superfície curva e espessura variada.
Com essa lente, os pesquisadores puderam criar um telescópio com uma única lente, capaz de capturar imagens claras da superfície lunar com resolução maior que outras metalentes.
O asteroide com chance de atingir a Terra em 2046
Parece que um asteroide tem uma chance, muito pequena porém existente, de atingir a Terra em fevereiro de 2046. Ele se chama 2023 DW, mede 50 m de diâmetro e sua chance de errar nosso planeta é de 99,82%.
Quando fizer sua aproximação máxima, o asteroide ficará a 1,8 milhão de quilômetros da Terra, distância segura o bastante para os astrônomos classificá-lo com a pontuação 1 na escala de Torino, que vai de 0 a 10.
*Com informações de Canal Tech