200 vidas mineiras na palma da mão
Lançado no Memorial Minas Gerais Vale, o livro Histórias para não esquecer ganha versão digital e navegação dinâmica na internet. Em ordem alfabética, na linha do tempo ou no mapa, o site do fHist é o guia desta viagem pela história de Minas e do Brasil a partir de 200 vidas extraordinárias.
Reunidos pela primeira vez em uma única obra, os perfis biográficos de Aleijadinho, Tiradentes, Carlos Drummond de Andrade, Carolina Maria de Jesus, Ary Barroso, Zuzu Angel, Humberto Mauro, Chica da Silva, Fernando Sabino, Grande Otelo, Clara Nunes, Darcy Ribeiro, Guimarães Rosa, Alaíde Lisboa, Juscelino Kubitscheck, Henfil, Dona Beja, Lobo de Mesquita, Mestre Ataíde, Lygia Clark, Milton Gonçalves, Nelson Ned, Pedro Nava e Agnaldo Timóteo ilustram a seleção de mineiros icônicos do livro disponibilizado pelo fHist para download e para navegação na internet, lado a lado com nomes pouco conhecidos, negligenciados ou apagados pela história oficial.
Se “Minas é muitas”, como ensinou Guimarães Rosa, diversas são também as suas gentes, como revelam as 200 biografias selecionadas no livro do fHist. Enfim, uma miríade de artistas, músicos, cantores e compositores, atores, cineastas, esportistas, políticos, inconfidentes e revolucionários, professores, advogados, engenheiros, médicos, jornalistas, antropólogos, historiadores, empresários, beatos, médiuns e mestres da cultura popular, cujas trajetórias desvelam ao mesmo tempo, contrastes e contradições características das sociedades em cada época, patriarcais, escravagistas, autoritárias ou democráticas, e estão profundamente conectadas às 114 cidades em que nasceram, situadas em todos os cantos de Minas.
Com efeito, como reportar a vida do mestre Aleijadinho sem Ouro Preto, do pintor Mestre Ataíde sem Mariana, do poeta Carlos Drummond de Andrade sem Itabira, da escritora Alaíde Lisboa sem Lambari e dos “quatro mineiros do Apocalipse” (os escritores Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Hélio Pelegrino) sem a Praça da Liberdade, onde “puxavam angústia” em Belo Horizonte?
Ou ainda, como escrever sobre a trajetória do presidente JK sem Diamantina, de Tancredo Neves sem São João del-Rei, de Guimarães Rosa sem a “boca do sertão” de Cordisburgo, da estilista Zuzu Angel sem Curvelo, do antropólogo Darcy Ribeiro sem Montes Claros, da escritora Carolina de Jesus sem Sacramento, do cantor Agnaldo Timóteo sem Caratinga, da beata Nhã Chica sem Baependi ou do médium Chico Xavier sem Pedro Leopoldo e Uberaba?
Obra coletiva
Organizado pelo idealizador do fHist, Américo Antunes (AA), com projeto gráfico do designer Pedro Miranda, o livro Histórias para não esquecer – 200 vidas mineiras foi e elaborado com técnicas jornalísticas, sem pretensões enciclopédicas, pelas jornalistas Cândida Canêdo (CC), Denise Menezes (DM), Felipe Canêdo (FC), Marta Vieira (MV), Mônica Santos (MS), Teresa Caram (TC) e Último Valadares (UV) e pelo sociólogo Juliano Antunes (JA), cujas autorias estão identificadas no final de cada um dos 200 perfis biográficos.
Além de disponível para navegação no site e para download, o livro impresso pode ser retirado gratuitamente no Memorial Minas Gerais Vale na Praça da Liberdade.
*Com informações de Festival de História