Dia Nacional do futebol: história e curiosidades sobre o esporte favorito do brasileiro

A data foi escolhida pela CBF em 1976, e celebra a fundação do time mais antigo do Brasil

Hoje (19), é comemorado o Dia Nacional do Futebol. A data foi escolhida em homenagem ao dia de fundação do time mais antigo do Brasil ematividade, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, fundado no dia 19 de julho de 1900.

Para quem não conhece o clube, ele é apelidado de Vovô, e está atualmente na segunda divisão gaúcha. Apesar de não ser muito conhecido, o clube tem muita tradição, principalmente por ter sido o primeiro clube do Brasil.

imagem: divulgação

Segundo o site Torcedores, futebol é o esporte mais praticado no Brasil, somando mais de 30 milhões de adeptos. O esporte é considerado a paixão nacional e, sem dúvidas, o mais popular do mundo e começou a ser praticado na Inglaterra, no século XVII. Na época, o esporte não tinha o formato que tem hoje, tampouco era chamado de “futebol”. Isso só aconteceu décadas depois, com a criação das regras do jogo.

Atualmente, o futebol movimenta um mercado financeiro bilionário segundo o site Torcedores, e proporciona eventos globais, transformando atletas de todas as origens em ídolos internacionais, além de utilizar da mais alta tecnologia em transmissões e equipamentos esportivos. No entanto, a história do futebol não começou assim, pois o esporte trilhou uma longa jornada, sem glamour e com poucos holofotes, até chegar ao atual patamar.

Origem do esporte

Não se sabe com precisão a data em que o futebol surgiu. De acordo com site Brasil Escola, contam que os ingleses adquiriram o hábito de chutar uma bola de couro, símbolo da cabeça de um membro do exército da Dinamarca, como forma de comemorar a expulsão dos dinamarqueses de seu país ainda no século X. A ação era realizada anualmente, mas, com o tempo, a prática passou a popularizar-se, e os jogos com a bola passaram a ser realizados com maior frequência.

Os jogos não tinham regras estabelecidas, e era permitido diversos tipos de agressões para avançar ou conter o adversário, o que acabava ferindo muitos dos praticantes. Com as consequências, o Rei Eduardo II decidiu proibir os jogos, temendo a perda dos soldados do seu exército. A prática foi proibida, mas não cessada e, apenas em 1681, os jogos com a bola voltaram a ser permitidos na Inglaterra.

O período entre 1810 e 1840 registrou o crescimento desse jogo popular pelos alunos das escolas públicas da Inglaterra, porém, o esporte permaneceu sendo considerado uma atividade violenta e não apropriada aos jovens de classe alta dos colégios da elite inglesa.

Criação da Copa do Mundo

Em 1904, dirigentes da Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça reuniram-se em Paris, na França, para fundar a Fédération Internationale of Football Association (Federação Internacional das Associações de Futebol), a FIFA, órgão que comanda o futebol e é responsável por organizar competições de nível mundial. A entidade foi criada para suprir o desejo de um torneio de futebol entre os países.

Após a criação, a Inglaterra foi a primeira a aderir à nova federação, seguida por Alemanha, Áustria, Itália e Hungria. Em seguida, países de outros continentes aderiram à FIFA. Atualmente, a federação tem sua sede em Zurique, na Suíça.

A primeira edição da Copa do Mundo de Futebol foi realizada, pela organização, em 1930, no Uruguai, e contou com a participação de 13 seleções da América e Europa, o que influenciou ainda mais a expansão do futebol.

Final da Copa de 1930 – Divulgação

A história do futebol no Brasil

Os registros apontam que o futebol chegou ao Brasil em 1894, pelo paulista Charles Miller, um brasileiro filho de ingleses. Ele trouxe consigo da Inglaterra duas bolas, um manual com as regras e iniciou a propagação do esporte no país. Em um primeiro momento, somente a elite e os brancos poderiam participar de jogos e ligas, contudo a paixão não demorou a invadir a várzea.

Apesar disso, somente em 1920, com incentivo do governo Vargas, os primeiros jogadores negros começaram a ser aceitos e, a partir desse marco, ocorre a massificação do esporte. A profissionalização ocorreu em 1933 e em 1950, o Brasil sedia a Copa do Mundo de Futebol pela primeira vez. Apesar das expectativas sobre a seleção canarinho, o Brasil foi derrotado para o Uruguai, perdendo a taça.

Por mais que essa seja a história mais divulgada e conhecida sobre a origem do esporte no país verde e amarelo, vale ressaltar que existem outras versões. Há rumores de que as peladas realizadas na terra tupiniquim ocorreram, na verdade, em 1875 — quase 20 anos antes de Miller levar o mérito.

O desencontro de informações acontece devido à escassez de registro do século 19. Como Charles pertencia a elite paulista — inclusive, seu pai originou o São Paulo Athletic Club —, ele estava em destaque nos jornais. O resultado? Essas notícias foram guardadas como documento, originando a lenda de que ele foi o precursor do esporte no país.

Curiosidades

Participação na 1º Copa do Mundo

Acredite: a seleção brasileira participou da 1º edição da Copa do Mundo que ocorreu na década de 30. Mesmo sendo eliminada ainda na primeira fase, essa é uma conquista e tanto, não é mesmo? E além disso, o Brasil é o único time que esteve em TODAS as edições até hoje, não é demais?

O inesquecível 7×1

Os brasileiros levaram um banho de água fria na Copa do Mundo de 2014. Um dos mais cotados para levar o título e enfim conquistar o hexa, o Brasil nadou, nadou para morrer na praia, ou melhor, no Mineirão — estádio localizado na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Imagine só: estádio lotado, Brasil é sede da competição e ao chegar na semifinal, o time brasileiro leva nada menos do que 7 gols. Isso mesmo! Inclusive, o placar é considerado um dos mais notáveis da competição. O carrasco foi a seleção da alemanha, que levou o título da edição. A partida teve tanta repercussão que criaram até mesmo um nome para definir o vexame: o Mineiraço, que agora eterniza os 7 X 1 sofridos pelo Brasil.

Camisa 10

Não há um jogador que não queira a camisa 10, certo? Ela não é apenas o símbolo de um craque, mas também de liderança e talento, tanto é que os principais jogadores da história adotam o número.

A conquista do primeiro mundial só aconteceu em 1958, na Suécia, onde também se destacou o jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, com apenas 17 anos. Nessa edição da Copa, os dirigentes brasileiros esqueceram de enviar a numeração dos jogadores para a FIFA, e a entidade precisou defini-la. Pelé recebeu a camisa 10, o que acabou eternizando o número logo em seguida. Nessa Copa, Pelé foi chamado pelos franceses de “Rei do Futebol”. Também foi a partir desse mundial que teve início a chamada “Era de Ouro” da Seleção Brasileira. De 1958 a 1970, foram três títulos em quatro Copas.

Maldição do título

Analisando toda a história do futebol, é possível prever, de certa forma, determinados cenários. Alguns acham que é apenas superstição, outros já acreditam que não passa de uma coincidência. Fato é que o Brasil inaugurou o que hoje chamam de maldição do título. Não entendeu? É simples. Após o bicampeonato em 1962, o time foi eliminado em 1996, na primeira fase da Copa do Mundo, e o cenário se repetiu com outras seleções. Na competição mundial de 2002, por exemplo, a França foi derrotada ainda na primeira fase, depois de ter conquistado o título em 98. O mesmo ocorreu com a Itália, Espanha e Alemanha.

Como surgiram os torcedores

As torcidas têm grande importância no cenário futebolístico. As pessoas começaram a acompanhar partidas de futebol ainda no século XIX, na Inglaterra, e, a partir do momento que o esporte foi conquistando mais adeptos, os torcedores foram criando interesse pelo futebol.

No início do século XX, no Brasil, o ato de frequentar os estádios era uma ação de elegância, e, nos jogos, as mulheres tinham o costume de se enfeitarem com vestidos, lenços, chapéus e luvas, mesmo com a temperatura elevada. Com o nervosismo e o calor no decorrer das partidas, elas acabavam tirando as luvas e lenços, e os torciam, encharcados de suor. Na época, o poeta e cronista Coelho Neto, pai do jogador Preguinho, autor do primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo, em uma de suas colunas, produziu um texto chamando essas mulheres de “torcedoras”. Daí em diante, o termo também ganhou o gênero masculino e passou a caracterizar a paixão clubista.

*Redação Revista Pepper

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