Após temporada de sucesso na França, Coletivo Instrumento de Ver estreia espetáculo circense em Brasília
As apresentações de “23 fragmentos desses últimos dias” acontecem em dezembro, no Espaço Cultural Renato Russo
Diretamente do outro lado do oceano, o espetáculo circense “23 fragmentos desses últimos dias” desembarca no Teatro Galpão Hugo Rodas, em Brasília, para duas únicas apresentações: 15 e 16 de dezembro. A produção franco-brasileira nasceu, em 2019, da colaboração entre o coletivo brasiliense Instrumento de Ver e a companhia francesa Le Troisième Cirque. Em 2022, após uma temporada de criação e circulação europeia que contou com 26 apresentações em cidades da França, Suíça e Bélgica, o espetáculo que também esteve no Festival de Circo do Brasil, em Recife, volta à capital para grande estreia.
Para conferir esse belíssimo manejo de objetos não descartáveis, os candangos já podem garantir o ingresso, com desconto na compra antecipada, pela página do Sympla. A realização da produção conta com o apoio do Instituto Francês, da Ville de Paris, da Embaixada da França no Brasil e do Le Troisième Cirque.
Sobre a criação
Responsável pela circografia da obra, a francesa Maroussia Diaz-Verbèke propõe a dinâmica do espetáculo, desenhado na sua pesquisa original sobre a escritura do circo. No picadeiro estão as artistas Beatrice Martins, Julia Henning e Maíra Moraes, integrantes do Coletivo Instrumento de Ver, e convidados especiais, um trio brasileiro bem variado: o dançarino carioca André Oliveira, o frevista e contorcionista pernambucano Lucas Maciel e Marco Motta, circense baiano radicado na Espanha.
Em cena, os seis artistas trazem à luz questionamentos sobre o atual momento de destruição. Cercando-se de objetos tão frágeis como nós, convidam o público a procurar o botão do futuro e a encontrar o heroísmo em comemorar o crescente número de problemas, precursores de tantas soluções. “Ser otimista por teimosia, pois a mágica será a esperança”, diz a sinopse.
Por meio de performances e técnicas impressionantes como o equilibrismo, o faquirismo, o contorcionismo e a acrobacia e de danças de rua, como os brasileiríssimos passinho carioca e frevo, um novo mundo é criado, peça por peça, fragmento por fragmento.
Uma caldeirada de sons, ideias e objetos
De acordo com Beatrice Martins, a estreia do espetáculo na capital federal é um retorno ao seu lugar de origem. “A montagem começou em Brasília no início de 2019 e teve a criação interrompida por conta da pandemia. Retomamos a sala de ensaio em 2021 e convidamos três novos artistas, o que mudou bastante o espetáculo que mostramos como uma pré-estreia aqui na cidade. Estamos ansiosas para mostrar ao público brasiliense o que fizemos por esse mundão afora!”
Segundo o coletivo, trata-se de um convite ao extraordinário. Os artistas vão correr, sambar, equilibrar, se misturar, bagunçar as emoções e colocar um monte de coisa junto no picadeiro. “Vamos fazer uma caldeirada, uma bagunça boa daquelas”, celebram.
Para completar essa mistura tão típica de nossas expressões culturais, a trilha sonora da obra, cuidadosamente pensada e criada para dar ritmo e contagiar a plateia, é composta apenas por músicas brasileiras. A playlist é resultado da curadoria cuidadosa dos pesquisadores Cícero Fraga, de Brasília, e do francês Loïc Diaz Ronda e celebra tanto a música brasileira contemporânea como os tradicionais forró e frevo.
Sobre o Coletivo Instrumento de Ver
O Coletivo Instrumento de Ver completou 20 anos em 2022, movimentando a cena artística brasiliense com muita originalidade e energia, alçando voos em terras além-mar e levando Brasília para a Europa em grande estilo. Movimentado por Beatrice Martins, Julia Henning e Maíra Moraes, costumam se apresentar como acrobatas, técnicas, produtoras, realizadoras, criadoras, vendedoras de pipoca e circenses.
Tendo o processo de criação como fonte de inspiração, como caminho e como fim, o Coletivo apresenta ao público suas pesquisas originais nos mais variados formatos: espetáculos, textos, filmes, performances efêmeras, fotografias, dentre outros.
Serviço: espetáculo circense “23 fragmentos desses últimos dias”. (Coletivo Instrumento de Ver em parceira com Le Troisième Cirque)
Datas: 15 e 16 de dezembro
Horário: 20h
Local: Teatro Galpão Hugo Rodas, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul, Brasília.
Classificação Indicativa: Livre
Ingressos: a partir de R$15 a meia-entrada, no Sympla (1º lote)
(https://www.sympla.com.br/evento/23-fragmentos-desses-ultimos-dias/1789848 )Página Oficial: @instrumentodever