Álbum de figurinhas da Copa: psicólogo explica como essa febre pode ajudar crianças, adolescentes e adultos a desenvolverem habilidades sociais
Chegaram às bancas os álbuns de figurinhas da Copa do Mundo 2022 e com eles voltou o hábito de colecionar e trocar figurinhas, que une crianças, adolescentes e adultos.
“A partir dessa onda, é possível focar no desenvolvimento de habilidades sociais”, afirma Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe AT. “A troca de figurinhas pode ser um momento importante de interação social e comunicação, ajudando as pessoas a formarem grupos de amizade”, completa o especialista.
Pensando nisso, a Equipe AT incorporou os encontros de trocas de figurinhas no QG do Rolê, iniciativa que reúne pessoas com dificuldades em desenvolver habilidades sociais para diferentes atividades. Todos os encontros do QG do Rolê são mediados por psicólogos especialistas em Acompanhamento Terapêutico, modalidade em que a terapia é feita fora do consultório. “O objetivo desses encontros é que, a partir da troca de figurinhas e outras atividades lúdicas, exista um interesse em comum que possa juntar um grupo para interagir e melhorar a capacidade de comunicação”, diz Filipe Colombini.
Confira a seguir 4 bons motivos, segundo o psicólogo, para que seu filho embarque nessa nova onda:
1. Participar do assunto do momento: “Todo ano de Copa, sabemos que o álbum de figurinhas é um dos assuntos mais comentados. Por isso, incentivar que seu filho participe desse movimento faz com que ele amplie suas oportunidades de contato social”, diz o psicólogo. “Muitas vezes, só um assunto ou interesse em comum com outra pessoa pode diminuir muitas ‘travas’ para alguém que tem alguma dificuldade para interagir em grupos, socialmente”, conclui.
2. Desenvolver a organização: “Fazer coleções também ajuda a desenvolver as funções executivas, responsáveis pela capacidade de planejar e se organizar. O interesse em completar o álbum pode fazer com que a criança passe por situações de resolução de problemas e crie estratégias, aprimorando muitas funções cognitivas”, explica Filipe Colombini.
3. Conhecer novas pessoas: “Essas trocas também juntam grupos de pessoas que talvez nem se conhecessem em outras ocasiões. Isso é importante para ampliar as turmas de convívio social, o que ajuda a desenvolver habilidades sociais e garante mais oportunidades de lazer e diversão para seu filho”, diz o especialista.
4. Ensinar a paciência: “O objetivo final é completar o álbum, porém, para isso é necessário todo um processo. Isso é importante para inserir noções importantes para seu filho, como a paciência e a autorregulação. Além disso, fazer essa coleção também ajuda a criança a lidar com algumas frustrações, potencializando a inteligência emocional e outras capacidades importantes no desenvolvimento”, afirma Colombini.
Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.