A importância de se observar os hábitos posturais na infância
Má postura pode causar dores de cabeça e tensão muscular nas crianças, além de acarretar graves problemas de coluna na fase adulta
Dores causadas por vícios posturais já não são exclusividade da rotina dos adultos. Nos últimos anos, os relatos de crianças com dores de cabeça e tensão muscular, em decorrência do excesso de peso nas mochilas, mal jeito ao caminhar, se deitar ou se sentar, têm sido cada vez mais frequente nos consultórios. Contudo, além dos hábitos corriqueiros, longas horas fazendo o uso de tablets e celulares também podem facilitar a adoção da má postura no dia a dia dos pequenos.
Associado aos corcundas, o vício postural é comum e pode acometer crianças em fase de crescimento. Além de trazer uma aparência abatida, portar-se de forma desalinhada com frequência pode gerar doenças como a hipercifose, um aumento do grau da curvatura da coluna torácica, a famosa “corcunda”; além da escoliose, um encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral, em que a criança começa a desenvolver a coluna em formato de “C” ou “S”; e a hiperlordose, um acentuado e incomum arco interno na região lombar. Por isso, cabe aos pais o dever de monitorar e corrigir a má postura dos filhos a fim de evitar consequências dolorosas na fase adulta.
Contudo, posicionar-se de forma desalinhada é comum na infância, já que as crianças são inquietas e curiosas. Por isso, é importante que elas se movam com liberdade. Mas o pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Henrique Gomes, alerta que é necessário pôr em prática a postura alinhada e comenta que se atentar ao tamanho das cadeiras e mesas que os pequenos ficam são algumas das medidas que podem prevenir os defeitos posturais.
Além das medidas preventivas é importante ressaltar que as crianças tendem a desenvolver problemas na coluna. “Por volta dos sete anos de idade ocorre o estirão ósseo, um desenvolvimento físico irregular, no qual o crescimento ósseo acontece em velocidade maior do que o muscular. Dessa forma, há fortes evidências de que é nesse momento que podem surgir as primeiras alterações posturais, pois a má postura pode gerar compensações em diversos grupos musculares, desencadeando quadros de problemas na coluna”, explica o especialista.
Segundo o pediatra, os celulares também estimulam uma postura encurvada que, unida a um travesseiro e ou/uma cadeira inadequada, sobrecarregam as regiões da nuca e parte alta das costas. Por isso, independentemente de apresentar ou não sintomas, é necessária a realização de uma avaliação postural feita por um profissional da área pediátrica e fisioterápica.
A reeducação postural de crianças passa pela escolha correta dos equipamentos de apoio, além do constante monitoramento de suas posturas e, principalmente, da adoção da prática de exercícios físicos, como caminhadas e alongamentos.
*Algumas dicas para auxiliar os pais que observam os filhos com má postura:*
– Adaptar sempre os móveis à altura, mantendo os cotovelos na altura da mesa na hora dos estudos dos pequenos;
– Buscar/cobrar das escolas profissional habilitado que oriente boas práticas durante o tempo escolar;
– As mochilas escolares não devem exceder 10% do peso corporal da criança e ela sempre deve fazer o uso das duas alças;
– Ficar atento em como a criança se senta (seja na hora de assistir televisão, estudar, dormir, andar ou ao manusear o celular);
– Adotar boas práticas alimentares a fim de prevenir a obesidade e consequentemente vícios posturais;
– Em casos pontuais, o ideal é investir em um tratamento com fisioterapeuta.
*Sobre o Dr. Henrique Gomes –* Pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal desde 2008, Henrique é pós-graduado em Lato Sensu em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo no Hospital Israelita Albert Einstein. Residência médica em pediatria pelo HMIB (2006 e 2007), além de atuação na área de Gastropediatria pelo HBDF (2008 e 2009), o profissional atua na área de Gastroenterologia Pediátrica, especialidade que auxilia o pediatra na assistência de crianças e adolescentes portadoras de sintomas relacionados ao aparelho digestivo, como náuseas, vômitos, diarreias, alergias aos alimentos, dores abdominais, constipação intestinal, entre outros.
Atualmente é médico pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal desde 2008; médico pediatra do Grupo Santa (Hospital Santa Lúcia Sul e Taguatinga) e médico pediatra das clínicas PedCare e Le Petit.
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*ASSESSORIA DE IMPRENSA – PEDIATRA HENRIQUE GOMES*
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