Entrevista com a Pré-candidata Verbena Braga

1.         O que o levou a apresentar sua pré-candidatura ao cargo de Deputado Distrital?

Quando era criança um dos meus apelidos era Botãozinho. Quem me deu foram os amigos políticos da minha mãe, Ana Rita Botão que era vereadora em São Luís do Maranhão, onde eu nasci. Já nessa idade, tinha uns 5/6 anos e comecei a me interessar por política.

Saí de São Luís e fui criada no Rio. Fui cara pintada lá. Estudei em uma escola de freiras e fomos impedidos de ir no primeiro protesto. Não me conformei com aquela situação. Dei a ideia de fecharmos a rua para protestar e além de termos feito isso , ainda colocamos fogo na camisa do colégio. Apesar de ter sido um pouco inconsequente, a atitude deu certo e no segundo protesto conseguimos a liberação.

2.         Quais são os principais pontos que pretende defender na Câmara Legislativa do Distrito Federal?

Eu me formei em Psicologia, atuei muito com dinâmica de grupos , com ênfase em focus group de pesquisa qualitativa para política. Participei de algumas campanhas para vereador e prefeito, inclusive da campanha mais emocionante e disputada dos últimos tempos, a do Gabeira para prefeitura do Rio em 2008. Até hoje não tem um plano diretor melhor que o dele para a cidade do Rio.

Em 2010 vim para Brasília após passar no concurso para o Ministério da Justiça. Comecei trabalhando no desafio do Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro e não demorou muito para ter uma percepção de estar enxugando gelo, pois se a afirmação “ a corrupção ela ocorre onde está o poder” é verdadeira, como o próprio Estado vai se auto investigar”? Essa resposta deve partir da sociedade. Por exemplo, deveríamos ir às ruas exigir o FIM DO ORÇAMENTO SECRETO! Isso é uma vergonha para o país e fragiliza a nossa democracia!

3.         Que ações você pretende desenvolver na Câmara Legislativa do DF?

Na época, o governador do Distrito Federal era o Agnelo. Era época de Copa do Mundo no Brasil. A obra do Estádio teve um superfaturamento absurdo, o mais caro do país. Reunimos provas e protocolamos o primeiro pedido de impeachment do governador. A Câmara legislativa fraca, não conseguiu abrir o processo de impeachment contra ele. Três anos depois de deixar o governo, ele foi preso.

Realizamos uma análise dos projetos de leis dos deputados da CLDF e foi deprimente. A grande maioria ou era irrelevante ou inconstitucional. Isso não mudou muito depois de 10 anos.Isso só mostra que mesmo sabendo que seus projetos contrariam a legislação, os distritais insistem em perder tempo e dinheiro público ao propô-los e aprová-los.

4.         Em sua experiência profissional, já teve oportunidade de implementar alguma de suas ideias?

Podemos voltar um pouco no tempo? Quando conheci o Reguffe? Eu o conheci naquele mesmo ano de 2010 quando cheguei em Brasília. Ele panfletava no bar em que eu estava. Ouvi as propostas dele e disse: vou transferir meu título pra cá, vou votar em você e se ganhar vou cobrar tudo isso que está prometendo. Incrível como foi a cobrança mais fácil do mundo. Ele cumpriu tudo que ele tinha colocado no panfleto dele. E é assim que tem que ser com qualquer parlamentar. Mas por uma coincidência houve um reencontro. Nós fizemos parte de um protesto simbólico. Colocamos 594 vassouras em frente ao congresso nacional. O intuito era entregar uma para cada um parlamentar, mas fomos barrados. Então, a solução foi chamá-los para pegar a sua. Apareceram uns 50 e um deles foi o Reguffe.

5.        Qual será o seu papel na atual política?

O meu desejo é fazer parte da mudança, ser útil para a sociedade, trabalhar para que tenhamos serviços públicos eficientes, cuidar bem da nossa população, principalmente das menos favorecidas. Enfim, acredito que a capital da nossa nação tem que ser exemplo de um lugar onde a qualidade de vida seja reconhecida como excelente por todos.

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