Dia Mundial sem Tabaco
Dermatologista Erasmo Tokarski explica quais são os malefícios que o cigarro pode causar à pele
O Dia Mundial da Luta contra o Tabaco é celebrado anualmente em 31 de maio. Esta data tem o objetivo de alertar os fumantes sobre os perigos do tabagismo e para os benefícios de uma sociedade livre de cigarros. Além dos efeitos nocivos como problemas pulmonares, cardíacos e até mesmo diversos tipos de câncer, o hábito de fumar causa também danos à pele, o maior órgão do corpo humano.
Segundo o dermatologista Erasmo Tokarski, o fumo pode deixar a pele mais envelhecida e, em pouco tempo, causar diversas outras alterações e problemas, principalmente no rosto, que apresenta uma camada mais fina que as demais áreas. “Além do envelhecimento precoce, o cigarro pode causar rugas, manchas, opacidade e até mesmo alteração de cor”, ressalta o profissional.
Tokarski explica que o rosto do fumante fica mais propício a apresentar flacidez porque a nicotina destrói e atrapalha diretamente a produção de colágeno e elastina. “O rosto pode apresentar marcas de expressão como se fossem vincos, linhas nos cantos do olho e ao redor dos lábios, ossos ressaltados, lábios arroxeados e bochechas aprofundadas, entre outros efeitos causados pela repetição do movimento de tragar que, com o tempo, reduz a elasticidade e força da região”, detalha.
O fumo também é um dos principais causadores de queda de cabelo. Os fios caem porque a nicotina se aloja nas paredes das veias diminuindo a circulação do sangue e impedindo que nutrientes importantes que mantêm os cabelos saudáveis e bonitos cheguem até a raiz. O problema pode ser intenso, com queda acentuada de fios e até sinais de calvície.
De acordo com o dermatologista, em geral, as alterações desencadeadas pelo fumo são irreversíveis, contudo, é possível minimizar esses efeitos incômodos. O profissional esclarece que, para um bom resultado, além de pôr fim ao hábito de fumar, é preciso buscar tratamentos que aliem ativos antioxidantes e hidratantes, a fim de proteger a pele do agente agressor.
“Quando as ruguinhas ainda estão no começo e sem vincar, um bom indicativo é o uso de ácido hialurônico, principalmente nessa região dos lábios, preencho as rugas sem aumentar os lábios. Agora, se estiverem vincadas, costumo usar plasma e lasers no tratamento”, pontua.
Além disso, ele registra que o acompanhamento profissional é fundamental, pois só o médico será capaz de identificar o que aquela região precisa. O especialista ainda ressalta que a cicatrização em feridas cirúrgicas nos pacientes que fumam é bastante ruim e, por este motivo, o cirurgião plástico e o dermatologista não fazem procedimentos em fumantes, a não ser que o paciente pare de fumar com pelo menos um mês de antecedência.