Telescópio Pan-STARRS, nos EUA, capturou momentos finais de estrela; na imagem, a concepção artística do fenômeno Imagem: Observatório WM Keck/Adam Makarenko

Veja os últimos momentos da vida de uma estrela

Astrônomos dos Estados Unidos realizaram um feito inédito ao registrar os últimos dias de uma estrela gigante antes de o astro explodir e formar uma supernova. Foi a primeira vez que uma estrela desse tipo foi observada nos seus momentos finais, especificamente 130 dias antes de colapsar e explodir.

A observação é inédita porque geralmente os cientistas conseguem capturar o fenômeno do surgimento de uma supernova ou mesmo a explosão da estrela, mas não os dias finais que antecedem a explosão.

Os últimos dias da estrela Em estágio terminal, a gigante vermelha registrada estava em uma outra galáxia a 120 milhões de anos-luz de distância da Terra. Por estar tão longe, ela era invisível a olho nu no céu noturno, mas brilhante o suficiente para ser capturada pelo Pan-STARRS.

Enquanto observavam a gigante, os astrônomos perceberam uma emissão violenta de gás ao seu redor. Com algum tempo de observação, notaram um flash gigante decorrente da supernova. Para se ter uma ideia, no momento da explosão a estrela brilhava mais do que todos os outros astros daquela galáxia juntos. Em seguida, os cientistas perceberam que a estrela estava rodeada de gás quando explodiu, provavelmenteo mesmo componente gasoso observado antes de sua detonação.

Credito: W. M. Keck Observatory/Adam Makarenko

O autor original do novo estudo é o estudante de graduação Wynn Jacobson-Galán, sob supervisão da cientista astrofísica Rafaella Margutti, docente associada da Universidade de Berkeley, Estados Unidos. A astrônoma realizou as observações por meio do Centro de Exploração Interdisciplinar e Pesquisa em Astrofísica na Universidade Northwestern. O estudo foi publicado no início do mês no periódico “Astrophysical Journal”.

“É como assistir uma bomba relógio. Nunca tivemos a confirmação de uma atividade tão violenta em uma gigante vermelha em estágio terminal em que pudéssemos ver, até agora, uma emissão de luz tão grande, depois seu colapso e combustão”, celebrou a astrofísica em entrevista.

Com informações de Tilt.Uol

Related post

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *