Baianos desrespeitam restrições e vão até Igreja para ‘Lavagem do Bonfim’
Por causa do aumento do número de casos de Covid-19 e do surto de gripe, a Lavagem do Bonfim não ocorreu nos moldes tradicionais
Ao lado de amigos e vizinhos na Colina Sagrada, no bairro do Bonfim, Maria Bernadete dos Santos, de 64 anos, estava concentrada nas orações. Seu maior pedido nesta quinta-feira (13) era saúde para todos os brasileiros e para “o povo do mundo inteiro”.
“Porque com saúde e paz a gente tem tudo. O resto a gente corre atrás”, afirmou Maria Bernadete. Devota de Senhor do Bonfim, ela não poderia faltar à homenagem ao santo.
Por causa do aumento do número de casos de Covid-19 e do surto de gripe, a Lavagem do Bonfim não ocorreu nos moldes tradicionais. É o segundo ano consecutivo que a pandemia afeta a cerimônia tradicional.
A baiana de acarajé Tatiane Barbosa, de 46 anos, sempre admirou o pai indo ao cortejo. Antes da pandemia, desde que se tornou baiana de acarajé, por 12 anos participou das lavagens das escadarias da Igreja do Bonfim.
“Faço o cortejo sempre, mas por conta da Covid, esse ano não teve. Mas eu vim, mesmo assim, fazer minha caminhada de agradecimento. Vim da Feira de São Joaquim até aqui [Igreja do Bonfim]. Sempre admirava que meu pai vinha pro cortejo. Criei esse hábito de vir”, contou a baiana, que monta sempre seu tabuleiro em Campinas de Pirajá.
*Com informações do Bnews