Dicionário da Geração Z: entenda os termos para não ser cringe

Cringe, redpill e boomer são alguns dos termos incomuns usados pela nova geração

Recentemente a internet foi à loucura tentando entender o que significam as novas gírias usadas pelos jovens. Se você também não sabe o que significam estes termos, pode deixar que preparamos um dicionário especial para ficar a par deste novo dialeto muito presente nas redes sociais.

A Geração Z inclui todos aqueles que nasceram entre o início de 1995 e o início de 2010. A grande discussão entre essa geração e os Millennials, os nascidos entre os anos de 1980 e 1994, também conhecidos como Geração Y, ganhou espaço na internet. Na visão da Geração Z, os Millennials já ficaram antigos e ultrapassados, pois não são mais considerados jovens, sem falar que eles possuem certos costumes que estão fora de moda, ou como se fala hoje, cringe.

Se você não sabe o que é cringe, sinto dizer: a Geração Z já te considera antigo. A diferenciação entre as gerações vai além do vestuário, pois esses hábitos são considerados como o novo mico. Entre esses costumes considerados cringe, estão: tomar café da manhã, gostar muito de café preto (mesmo sem açúcar), usar o cabelo dividido de lado, falar a palavra “boleto”, gostar da Disney, Harry Potter e Friends, preferir um estilo minimalista, tomar a famosa cerveja de litrão, usar calça skinny e, acima de tudo, não saber o que cringe significa, que no caso é algo estranho, um mico, uma vergonha alheia.

Já a Gen Z, se destaca por alguns costumes como: usar calças mais largas, cabelo repartido no meio, beber energético da marca “Monster”, escutar as novas cantoras como Olivia Rodrigo, serem expert nas dancinhas do Tik Tok, fãs de K-pop, e claro, fazer muito uso das gírias novas.

De acordo com a definição do dicionário Michaelis, “gíria” significa: linguagem, em geral efêmera, marcada por vocabulário novo, ou já existente, porém com outra significação, e construções metafóricas, muitas vezes cômicas.

Para te ajudar a compreender o dialeto dessa nova geração, a Pepper listou as novas gírias e os seus significados, para quem sabe aproximar mais os dois mundos.

Cringe: é aquilo considerado “cafona”, que desperta o sentimento de vergonha alheia. Para a geração Z, muitos símbolos da cultura millennial são cringe.

Cheugy: de forma ampla, pode ser usado para descrever alguém que está um pouco desatualizado, uma mistura de “brega” e “cringe“.

Normie: uma pessoa “comum”, alguém que tenha uma opinião popular, um gosto comum e que usa coisas características das massas.

Indie: aqueles que querem fugir do padrão, fugir do que é normie.

Mandrake: o termo tem sua origem na cultura do funk que se refere a forma de vestir. Características desse estilo são o risco na sobrancelha, o óculos, piercing e acessórios.

Lupa: é como chamam os óculos quando se referem aos óculos de sol, no estilo juliette, muito popular no funk.

Based: uma pessoa autêntica, alheia ao status quo, desconstruída, versada.

Period: termo usado para afirmar algo com convicção. Equivale a algo como “é isso” ou “ponto final”. Aplicação em uma frase: Taylor Swift rainha do mundo, period!

Gor3: algo nojento, assustador ou com sangue. Também pode ser usado para se referir a um nude bizarro.

Boomer: Inspirada pela geração Baby Boomers, abrangendo os nascidos entre 1945 e o final dos anos 60, a expressão é utilizada para menosprezar alguma pessoa ridícula ou cafona, bem no estilo tiozão, sabe? Hoje em dia, ela remete a alguém ultrapassado, velho. Um ótimo exemplo é chamar as piadinhas de tio, ~como aquela do pavê~, de piada de boomer.

Doomer: Essa aqui é para retratar um estado emocional bem para baixo, nível de depressão. Doomer pode ser usado para se referir a uma pessoa ou algum sentimento bem depressivo, triste, desolador. O velho e bom “jururu” ou “borocoxô”, para baixo.

Incel: Originada de uma abreviação para “involuntary celibates” (algo como celibatários involuntários, em tradução livre), a expressão se refere a homens que não conseguem se relacionar, principalmente com mulheres.

Bluepill e Redpill: Esses dois termos são referências ao filme “Matrix” (1999), quando Neo (Keanu Reeves), precisa escolher entre a pílula azul e a pílula vermelha. A primeira levaria ele de volta à Matrix, sem nenhuma lembrança do mundo real, e a segunda o deixaria acordado, o que o ajudaria a entender e encarar de fato, o mundo real. Adaptado para a Geração Z, o termo é usado para diferenciar coisas mais descoladas e interessantes (redpill), de coisas menos interessantes e mais caretas (bluepill).

E-girl e E-boy: O “E” nas duas expressões vem do termo em inglês, eletronic. Então, em tradução livre, e-girl e e-boy significam garota e garoto “eletrônico”. Os termos são usados para identificar um visual distinto, que se tornou uma nova moda. Cores escuras e acessórios mais pesados, inspirados nos emos dos anos 2000, atrelados à cores de cabelo coloridos, são características dessa tendência.

N tanko: a gíria vem de jogos, como o League of Legends. Lá, existem personagens considerados “tankos”, que aguentam muitos danos sem morrer. Tankar, então é aguentar. Aplicação em uma frase: n tanko esse calor.

F: também surgiu de um jogo, o Call of Duty: Advanced Warfare. Nele, quando você vai prestar respeito ao seu falecido colega, é necessário apertar o F. Agora, a Gen-Z usa para expressar seus sentimentos e empatia quando algo ruim acontece.

FDS: fod*-se

SS: sim

NN: não

TMJ: tamo junto

PPRT: papo reto

BTF: boto fé

NTJ: não tem jeito

Zennials e o equilíbrio entre os lados, onde se encaixam?

Embora as gerações estejam diferenciadas por anos de nascença, algumas pessoas que estão entre as gerações se veem perdidas com sua identificação: foram apelidados de Zennials, nascidos normalmente entre 1996 e 2001.

Adultos, já com seus 20 e poucos anos, se reconhecem com ambos os hábitos, dos millennials e da Geração Z. São ávidos usuários do TikTok e podem até mesmo gostar das músicas da cantora Olivia Rodrigo, mas já possuem mais responsabilidades por atingirem a maturidade. A estudante de medicina, Marcela Ferraz, nascida em 1997, se sente no meio das duas gerações. “Eu me sinto muito perdida nas duas coisas, não sou totalmente nem um nem outro, gosto de tomar café mas uso meu cabelo dividido no meio, eu amo Friends mas também adoro a Olivia Rodrigo, também não uso boleto, pois hoje nem precisa mais disso, pago tudo online”, relata.

Mas não é o caso do estudante de engenharia, Vitor Vasconcelos, nascido em 1992, pois ele não se acha velho só por ser Millennial. “Tenho alguns hábitos que são sim da minha geração, como gostar de Harry Potter, porém me sinto muito jovem. Estou cursando a minha faculdade quase aos 30, convivo com pessoas que são da Geração Z, e não sinto muito essa diferença, na verdade me sinto muito mais parecido com eles.”

A discussão foi tão grande, que acabou indo parar no Instagram quais os hábitos que definem de que geração você é:

E agora? Já sabe de qual geração é? Aprendeu as novas gírias? Você é mais Millennials ou Geração Z? Conta aí pra gente!

*Redação Revista Pepper.

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