Homem usa braço falso para se vacinar afim de conseguir passe livre e disseminar vírus
Um homem de 50 anos, natural da região de Piemonte, no noroeste da Itália, foi denunciado à polícia depois de tentar usar um braço falso, feito com silicone, com objetivo de simular a vacinação contra a covid-19.
Segundo informações das agências Reuters, AFP e Ansa, o intuito era obter um certificado de imunização sem se submeter de fato à aplicação da dose.
“O caso beiraria o ridículo se não estivéssemos falando de um gesto de enorme gravidade, inaceitável diante do sacrifício que a pandemia está fazendo toda a nossa comunidade pagar, em termos de vidas humanas e custos sociais e econômicos”, afirmou hoje o governador da região de Piemonte, Alberto Cirio, em postagem no Facebook.
O homem em questão se apresentou na quinta-feira à noite em um centro de vacinas da cidade de Biella, em Piemonte, com a ideia de enganar os profissionais da saúde. A cor do braço falso e a sensação atípica do tato no momento da aplicação geraram suspeitas na enfermeira encarregada de aplicar a vacina.
A profissional solicitou então que o homem retirasse a camisa, momento em que ele foi flagrado utilizando a prótese de silicone improvisada. Depois, de acordo com a AFP, o italiano pediu à enfermeira que agisse como se não tivesse visto nada, o que ela se recusou a fazer e avisou aos seus colegas. “Terá que responder na Justiça”, afirmou o governador de Piemonte.
A agência de notícias Ansa informou que o homem, que não foi identificado e tem cerca de 50 anos, trabalha na área da saúde e havia sido suspenso do trabalho por se recusar a ser vacinado contra a Covid. A vacinação contra a doença é obrigatória para todos os profissionais de saúde na Itália.
O governo italiano foi o primeiro a tornar compulsória a imunização de profissionais de saúde, decisão seguida pelas administrações da França, da Hungria e da Grécia. Também aprovou a obrigatoriedade de comprovantes de vacinação para a entrada em vários locais públicos, como outros países.
*Com informações do UOL