Vaticano abre concurso para premiar artistas, arquitetos e investigadores
O concurso será válido para 2022
A Academia Pontifícia de Belas Artes e Letras dos Virtuosos do Panteão lançou o concurso para a edição de 2022 do Prémio das Academias Pontifícias, destinado a artistas, arquitetos e estudiosos de arte e arquitetura, de todas as nacionalidades, que não tenham mais de 35 anos.
A iniciativa destaca a investigação ou atividade que tenham contribuído, «de maneira relevante, para o desenvolvimento das ciências histórico-religiosas, da arte e do humanismo cristão», lê-se no regulamento publicado na página do Conselho Pontifício da Cultura, que supervisiona o concurso.
No domínio da arquitetura, os trabalhos devem centrar-se nos estudos histórico-críticos sobre o tema da arquitetura sacra e espiritual, projetos ligados aos espaços sagrados, inclusive em termos de restauro, bem como à relação entre os edifícios de culto cristão e a aplicação das novas linguagens da arquitetura também em relação às novas exigências das comunidades religiosas: resistências e avanços.
Arquitetura e espaço sagrado: normativas, facilitações, criticidade e novas orientações prescritivas, cidades contemporâneas e arquitetura do espaço sagrado: reciprocidade, interdependências, conexões e problemáticas e dentro/fora: dialética entre sacralidade custodiada e sacralidade expressa constituem igualmente âmbitos que os participantes podem desenvolver.
A segunda área do concurso, em torno à arte, visa o estado do debate e metodologia de investigação em termos de arte sacra, espiritual e litúrgico, perspectivas da encomenda religiosa e investigação das artes visuais contemporâneas, exigências litúrgicas e realizações contemporâneas e arte no espaço sagrado: controvérsias e exemplos virtuosos na Europa.
Os concorrentes à seção da arquitetura podem submeter um projeto inédito e/ou não realizado, ou a documentação de uma obra arquitetônica de um edifício religioso. Serão positivamente avaliadas obras/projetos que apontem para a aplicação das investigações contemporâneas em âmbito musical aos lugares de oração
Os projetos devem consistir num ensaio crítico com 40 mil caracteres (espaços incluídos) no máximo, inédito ou publicado nos últimos três anos, além de um resumo.
Em alternativa, os concorrentes à seção da arquitetura podem submeter um projeto inédito e/ou não realizado, ou a documentação de uma obra arquitetônica de um edifício religioso realizada nos últimos três anos, incluindo cinco a dez imagens e um texto descritivo que não deve ultrapassar os oito mil caracteres.
Os participantes que optem pelas artes têm a possibilidade de enviar uma obra visual (pintura, escultura, instalação, vídeo, fotografia, som, sem limitações técnicas), inédita ou realizada nos últimos três anos, da qual sobressaia a total adesão aos temas propostos e ligada a uma possível conotação espiritual e/ou litúrgica.
Serão positivamente avaliadas obras/projetos que apontem para a aplicação das investigações contemporâneas em âmbito musical aos lugares de oração, explica o regulamento. Também neste caso são admitidas cinco a dez imagens e uma descrição de, no máximo, oito mil caracteres. Nos casos de vídeo ou música é possível indicar a ligação na qual podem ser vistos ou procurados.
Os projetos devem ser entregues até 30 de abril de 2022. Os prémios consistem numa medalha de ouro para o primeiro classificado e uma medalha de prata para o segundo, entregues na sessão anual pública das Academias Pontifícias, que tem contado com a presença do papa.
Os organizadores ponderarão a possibilidade de realizar uma exposição e/ou uma publicação de uma seleção de trabalhos.
*Com informações do SNP Cultura