7 dicas para manter a segurança do celular no Carnaval
O Carnaval está chegando e, com ele, também aumentam a incidência de furtos e roubos de celular. Em meio à folia, se aproveitando da aglomeração ou da bebedeira, bandidos podem levar aparelhos e obter acesso a aplicativos de bancos, redes sociais, e-mails e outras plataformas sensíveis, que podem resultar em prejuízos pessoais e financeiros.
De acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em 2022, com o retorno às atividades em um período pós-vacina, foram quase um milhão de pedidos de bloqueio de celular por furto ou roubo no Brasil.O Carnaval é uma época de alegria, mas também, de atenção, com algumas medidas preventivas podendo ajudar os usuários a cuidarem melhor dos smartphones e evitar maiores danos caso sejam vítimas de crime.
“O celular é peça-chave, seja para chamar um táxi para voltar para casa, se comunicar com amigos para encontrá-los nos bloquinhos ou realizar pagamentos por aproximação. Essas situações podem expor as pessoas e a prevenção é a melhor estratégia para evitar dores de cabeça”, afirma Fabiano Tricarico, diretor de consumo da Kaspersky para Américas. Por isso, antes de sair para o Carnaval, confira as dicas abaixo para curtir a folia sem preocupação.
Use senhas e biometria
Impedir o acesso de terceiros ao conteúdo do celular é uma medida de segurança essencial não apenas no Carnaval, mas principalmente nele. Ao ativar recursos como o bloqueio da tela por senha, impressão digital, leitura facial ou ocular, o usuário pode restringir o uso imediato de aplicativos e recursos por um criminoso em busca de dinheiro rápido a partir de transferências via Pix, por exemplo.
Os usuários devem utilizar senhas complexas, que não tenham caracteres repetidos (como 1111 ou 0000) ou números sequências, 1234, por exemplo. Vale a pena, ainda, não utilizar combinações fáceis de serem adivinhadas, como a data de nascimento ou números de documentos oficiais, principalmente nos casos em que o usuário estiver com capas protetoras que também tenham espaço para itens do tipo ou cartões de crédito.
As credenciais também devem ser diferentes entre os serviços, por isso, nada de usar a senha do banco para desbloquear o celular. Parece óbvio, mas também é importante não anotar a sequência usada em cartões, capas protetoras ou em um papel colocado na carteira, já que caso ela seja roubada, o acesso dos criminosos também pode ser possibilitado.
Apps que bloqueiam outros apps
A folia é uma boa oportunidade para trombadinhas, que podem passar correndo ou de bicicleta, levando o celular de sua mão durante o uso. O caso tem gravidade ampliada pois, assim, o smartphone é tomado desbloqueado, com acesso completo a e-mails, aplicativos bancários e redes sociais, entre outros recursos e informações.
Soluções de segurança, entretanto, são capazes de adicionar uma camada extra de segurança aos softwares instalados, principalmente no sistema operacional Android. Os chamados “app lockers” permitem que o usuário configure aplicativos sensíveis para acesso apenas depois de uma nova verificação biométrica ou por senha. No iPhone, dá para criar rotinas relacionadas a tempo de uso, com bloqueios automáticos da tela.
Medidas de privacidade e bloqueio de mensagens ou recursos
Outra medida comum usada pelos criminosos para ampliar o tempo de uso de smartphones roubados é os colocar em Modo Avião. Assim, o aparelho fica desconectado da internet e não recebe pedidos de localização, bloqueio e limpeza de arquivos; enquanto transferências e outras opções ficam indisponíveis, o bandido ainda pode ter acesso a mensagens, dados salvos, imagens e vídeos.
Por isso, o ideal é desabilitar opções que permitam o acesso a recursos do aparelho a partir da tela bloqueada, impedindo que um criminoso desligue a internet ou realize outras operações. Além disso, vale a pena também restringir a visualização de notificações apenas a usuários verificados, de forma que o conteúdo de mensagens recebidas ou outros alertas não possam ser visualizados mesmo nesse estado.
Remover senhas salvas em navegadores ou aplicativos locais também ajuda a manter a segurança nos casos em que o smartphone for roubado desbloqueado. Enquanto não é desejável realizar login a cada vez que se usa um app, usar mecanismos de verificação periódica, como PINs do WhatsApp ou recursos de verificação em duas etapas, também ajuda a manter a segurança das informações pessoais.
Configure limites para transferências
Aplicativos bancários costumam permitir que os clientes configurem limites para transações diárias via Pix, assim como restrições ao uso de cartões de crédito por aproximação. Tais medidas são importantes para garantir o menor prejuízo financeiro possível em caso de furto, perda ou roubo do smartphone.
Para garantir a segurança, faça com que a senha do cartão ou do celular seja exigida em todas as transações por aproximação, não importando o valor da compra. Nos apps bancários, também é possível configurar horários específicos para certas restrições; o foco é o Pix, mas não se esqueça de analisar também opções relacionadas à tomada de empréstimos, transferências DOC ou TED e o uso do cheque especial.
Tenha informações anotadas em casa
Saber o IMEI de seu aparelho é essencial para realizar operações de bloqueio junto a operadoras de telefonia ou registrar boletins de ocorrência. O ideal é que os usuários anotem os códigos em um local seguro, em casa, para que sejam acessados facilmente em caso de problemas.
Vale a pena, também, ter acesso fácil a sistemas de bloqueio e localização de aparelhos furtados, com links salvos em pastas de favoritos e senhas armazenadas de maneira segura, já que o impacto psicológico de ser roubado pode tornar tudo mais difícil. Números de atendimento de bancos e empresas de cartão de crédito também devem estar sempre à mão, para que bloqueios e medidas de proteção sejam tomados o mais rapidamente possível.
Atenção a bolsas e aos arredores
Ao sair para a folia, considere o uso de bolsas com zíper, pochetes ou porta-dólar, como os usados em viagens para carregar o passaporte junto ao corpo, como medidas de proteção. Evite deixar o celular no bolso, principalmente traseiro, menos ainda se a parte superior dele estiver aparecendo; basta uma mão leve para que ele seja levado sem que você nem perceba, em meio à aglomeração.
Ao chamar um veículo ou entrar em contato com os amigos, busque locais reservados e de pouca circulação, para evitar furtos com bandidos que passam correndo ou de bicicleta. Vale a pena sempre entrar em um estabelecimento na hora de usar o celular, bem como olhar em volta na hora de pagar um ambulante ou atender uma ligação.
Use um celular alternativo
Em meio ao alto número de roubos durante o Carnaval, o uso de aparelhos mais antigos, com poucas informações e aplicativos salvos, é uma boa medida de segurança usada por muitas pessoas. O modelo levado para a folia não deve ter aplicativos bancários instalados nem cartões ativados, contando apenas com softwares básicos como os de transporte ou mensagens.
Assim, caso o smartphone seja roubado, o prejuízo é reduzido, tanto em relação ao próprio aparelho quanto ao nível de acesso que pode ser proporcionado ao criminoso. O chamado “celular do ladrão” também é uma alternativa bastante usada em shows ou eventos públicos com grande aglomeração, para que seus usuários possam se divertir com menos preocupações.
O que fazer caso o celular seja roubado no Carnaval?
Tomar medidas rápidas ajudam a minimizar os danos em caso de roubo ou furto de smartphones. As vítimas devem entrar em contato com bancos e empresas financeiras para impedir transações e acionar alertas de comprometimento, bem como com operadoras de telefonia o mais rapidamente possível, de forma a efetuar o bloqueio de aparelhos.
Ao notar o crime, também é importante ativar sistemas de localização e bloqueio remoto de dispositivos. Isso pode ser realizado a partir de um celular de um amigo, que seja da mesma marca, desde que você saiba seu e-mail e senha de cabeça; de casa, do computador, também dá para fazer isso, mas a demora para chegar até lá pode acabar gerando alguns problemas.
Além disso, é importante registrar boletim de ocorrência para que as autoridades possam investigar o caso. Evite buscar o aparelho pessoalmente, caso ele ainda possa ser localizado, e não responda a tentativas de extorsão envolvendo dados, imagens íntimas ou demais elementos que possam ter sido encontrados no aparelho, informando imediatamente a polícia sobre atividades desse tipo.
*Com informações de Canal Tech