6 JOGADAS DE MARKETING QUE DERAM MUITO ERRADO
Uma das primeiras coisas que se aprende nos cursos de publicidade e propaganda e marketing, é que são produzisse movidas pela criatividade. E algo quer é muito difícil de se aprender é como diferenciar uma boa ideia das ruins.
A verdade é que muitos profissionais com anos de carreira podem cair nessa armadilha. Por isso que algumas campanhas e jogadas de marketing desastrosas acabam ganhando as ruas — só para gerar prejuízos bilionários e processos.
Algumas histórias famosas — como a loteria da Pepsi e a New Coke — já foram contadas por aqui. Hoje, a gente mostra outras seis ações que até poderiam parecer boas ideias no papel, mas se revelaram grandes desastres.
Os balões da LG
A fabricante sul-coreana queria chamar atenção para seu novo smartphone, o LG G2, em 2013. Então criou uma ação divertida: formou uma letra G com balões de hélio e colocou 100 vouchers para resgatar um celular novo. Os balões foram soltos e, quando caíssem, quem pegasse o voucher ganharia o LG G2, que era super moderno para a época.
O que a LG não imaginava é que as pessoas iriam fazer de tudo para garantir seu balão com voucher — inclusive, levar armas para atirar nos balões. Resultado: vinte pessoas ficaram feridas com essa promoção “genial”.
As cartas de amor da Fiat
Para promover a nova geração do Cinquecento, dos anos 1990, entre as espanholas, a Fiat teve uma ideia bem original: enviar cartas de amor anônimas, dizendo que essa mulher era impressionante e que queria ter um encontro amoroso com ela.
A ideia era deixar as mulheres curiosas, para depois revelar que o “admirador secreto” era o Fiat Cinquecento — convidando-as para ir à concessionária conhecer o carro. Mas em vez de curiosidade, as cartas deram medo: várias mulheres denunciaram as cartas para a polícia e outras processaram a Fiat.
As bombas da Paramount
Outra ação que era pra ser divertida, mas assustou muita gente, foram as caixas de som que o estúdio Paramount espalhou por Los Angeles para promover o filme Missão: Impossível III (2006). Elas foram colocadas em máquinas de venda de jornais para tocar a inconfundível música do filme quando alguém as abrisse. Ótima ideia, né?
O problema é que essas caixinhas de som se pareciam demais com bombas caseiras. Por isso, muitas pessoas entraram em pânico e chamaram a polícia. Algumas máquinas chegaram a ser explodidas e um hospital foi isolado por temores de bombas. Mesmo assim, a Paramount não tirou as caixas do lugar — e foi processada por isso, claro.
No fim das contas, o estúdio pagou 75 mil dólares em indenizações. Um troquinho perto dos quase 400 milhões que o filme arrecadou nas bilheterias.
Os nazistas da Amazon
Outra jogada de marketing catastrófica para um produto audiovisual foi essa da Amazon Prime Video. A série The Man in the High Castle se passa em uma realidade alternativa em que os EUA foram derrotados na Segunda Guerra Mundial, dominados pelos nazistas e pelo Império Japonês. Sendo assim, alguém achou uma boa ideia decorar vagões de metrô com bandeiras dos dois países fictícios da série — incluindo símbolos nazistas.
Tudo bem, a bandeira é fictícia e realmente usada na realidade distópica da série… Mas colocar símbolos nazistas fora de contexto no trajeto diário de milhões de pessoas é demais, né?
A festa na piscina da Jägermeister
Você já deve ter tomado doses de Jägermeister na balada, ou, pelo menos, visto anúncios desse tradicional licor alemão. Promover bebidas alcoólicas nos lugares onde as pessoas mais bebem é uma ótima ideia, mas colocar nitrogênio líquido em uma piscina — como o marketing da Jägermeister fez em uma de suas festas, em 2013 —, não.
Os organizadores da “pool party” queriam aumentar a atmosfera de diversão e envolver os 200 jovens numa nuvem de fumaça. Isso é algo que costuma ser feito em pistas de dança, mas não é comum em piscinas por um motivo: quando o nitrogênio entra em contato com a água repleta de cloro, substâncias tóxicas são liberadas. Na festa em questão, todo mundo começou a passar mal, oito pessoas foram hospitalizadas e um jovem ficou em coma.
Ainda bem que ninguém morreu. Mesmo assim, essa história é a definição perfeita de “essa festa virou um enterro”.
A derrota do McDonald’s
Os Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984 foram um dos primeiros na história a gerar lucro à cidade organizadora — isso porque o Comitê reuniu um time de patrocinadores de peso, que incluía o McDonald’s. A rede de fast food, então, criou uma grande promoção para o evento.
Funcionava assim: cada pedido no McDonald’s dava um cartãozinho com uma prova olímpica. Se os Estados Unidos ganhassem medalha naquela prova, o cliente ganhava um item de graça: uma Coca para o bronze, batatas fritas para a prata e um Big Mac para os ouros. Uma maneira genial de unir a torcida com o fast food, né?
O problema é que o McDonald’s calculou a promoção de acordo com as medalhas que os EUA ganharam em Montréal 1976: 94, sendo 34 de ouro. Porém, os países comunistas — campeões em diversas modalidades — boicotaram as Olimpíadas de Los Angeles. Várias medalhas caíram no colo dos EUA, que terminaram com 83 ouros e 174 pódios, no total.
Em muitos restaurantes, tinha mais gente resgatando produtos de graça do que comprando — até o ponto em que os Big Macs começaram a acabar. Ainda assim, a rede continuou com essa promoção até o fim… O prejuízo nunca foi revelado, mas estima-se que tenha sido de dezenas de milhões de dólares.
*Com informações do Mega Curioso