3 DATAS COMEMORATIVAS INVENTADAS APENAS PELO CONSUMISMO
Você já parou para pensar que a cada ano que passa você acaba se deparando com um novo tipo de feriado ou data comemorativa a qual nunca havia ouvido falar antes? Esse é um exemplo clássico de como o capitalismo e a cultura do consumismo em nossa sociedade despertou a necessidade pela criação de “feriados de mentira”.
Dia do Amigo, Dia do Avô, Dia do Cachorro do seu Vizinho. Não importa qual seja o tema, você provavelmente encontrará um data reservada no calendário para todo tipo de celebração. Todos esses eventos são responsáveis por movimentar uma boa quantidade de dinheiro para o comércio internacional e alguns casos são mais clássicos do que outros. Confira só!
1. St. Patrick’s Day
O St. Patrick’s Day ou o Dia de São Patrício é celebrado no dia 17 de março desde 1997 no Brasil. A data é uma homenagem para o dia da morte de São Patrício, o padroeiro da Irlanda. Nesse dia, é comum que as pessoas se vistam de verde e branco e passem as noitadas em bares regado de muita cerveja.
Mas o que é que um santo padroeiro de um país europeu tem a ver com a nossa cultura? Na maioria das vezes, absolutamente nada — exceto pela parte onde o dinheiro passa a circular pelo comércio. Mesmo para quem não tem qualquer conexão com ancestralidade irlandesa, as festividades se tornam apenas um mero pretexto para se divertir e encher a cara.
Afinal, por que não ter um dia do ano para se fantasiar de leprechaun e tomar drinks de coloração esverdeada?
2. Dia dos Pais e Dia das Mães
Não entenda incorretamente: não é como se nossos pais e mães não merecessem um carinho especial por serem pessoas especiais em nossas vidas e que nos colocaram no mundo. Entretanto, um fato é que o Dia dos Pais e o Dia das Mães são duas datas extremamente capitalistas e que movimentam muito dinheiro.
Conforme as estimativas feitas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é possível que a data de celebração criada para as mamães tenha criado um volume de vendas de R$ 12,2 bilhões em todo o Brasil somente em 2021.
Historicamente, nenhuma dessas datas possui alguma relevância ou significado especial ligado a um acontecimento marcante. A matemática é bastante simples. Por gostarmos de nosso pais e desejarmos agradá-los, logo pensamos em comprar presentes e consequentemente abrimos o bolso para os comerciantes.
3. Dia dos Namorados
Assim como no tópico anterior, questionar a existência do Dia dos Namorados não significa necessariamente rechaçar o amor dentro da sua relação. Mas pare só para pensar: se você normalmente já celebra anualmente uma data específica e especial com o seu par, como um aniversário de namoro, qual a necessidade de outro dia no ano com o mesmo motivo só que mais genérico?
A razão, logicamente, passa por trás do consumismo e do capitalismo. De acordo com os dados da CNC, essa data movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão em 2021. Celebrado no dia 12 de junho, o Dia dos Namorados desse ano ainda teve que jogar contra uma pandemia ainda em alta, mas mesmo assim foi responsável por aquecer o comércio em 1,8% em comparação com as quedas desde abril.
Apesar da quantia arrecadada ser consideravelmente menor do que em 2019, no pré-pandemia, o resultado já foi 23% melhor que o do ano passado. Por fim, uma pesquisa feita pela Consultoria Internacional Bip e o Instituto Qualibest demonstrou que 73% das pessoas em um relacionamento demonstram interesse de presentear seus parceiros nesse dia.
*Com informações do Mega Curioso.