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10 doenças bizarras que você pode pegar na academia

Praticar exercícios é o melhor caminho para uma vida saudável e ninguém duvida disso, mas uma série de agentes infecciosos podem estar à espreita de quem pratica exercícios físicos em ambientes fechados — e, às vezes, abafados —, como academias. Por conta do contato físico, do suor e da eventual falta de higienização dos aparelhos, o espaço da musculação pode ser um prato cheio para bactérias, fungos e vírus.

Mesmo que tudo isso seja verdade e, infelizmente, é, não precisa correr para cancelar o contrato com nenhuma academia. Isso porque a maioria desses germes pode ser evitada com uma dose extra de higiene e, muito provavelmente, eles não devem colocar a vida de ninguém em risco. Adiantamos que vale sempre higienizar os aparelhos antes de usar, levar um par de chinelos (caso use o vestiário do local), evitar o contato das mãos com os olhos e, dado o momento em que vivemos, usar máscara.

Fungos, vírus e bactérias podem comprometer a saúde de quem frequenta academia (Imagem: Reprodução/Jonathan Borba/Unsplash)

A seguir, confira uma lista de 10 doenças que podem comprometer quem frequenta academias:

1. Conjuntivite

Podendo ser causada tanto por vírus quanto por bactérias, a conjuntivite é uma inflamação ou irritação nas membranas internas e externas da pálpebra. Nos pacientes infectados, o olho fica avermelhado, forma-se uma crosta no local contaminado e uma forte coceira na região é relatada. 

De forma geral, esse quadro não traz grandes complicações, desde que se tenha cuidado, mas a doença é altamente contagiosa. A dica é a que já adiantamos: não toque em equipamentos de musculação antes de higienizá-los; e, de preferência, nunca coloque a mão nos olhos durante os exercícios. Isso porque a conjuntivite pode ser transmitida pela secreção através do contato com objetos contaminados.

2. Candidíase

A candidíase é uma infecção causada por qualquer tipo do fungo Candida. Nesse ponto, vale lembrar que fungos adoram áreas quentes e úmidas, como vestiários, saunas, piscinas e chuveiros. A partir disso, evite pisar descalço em locais potencialmente contaminados.

Uma boa dica é sempre levar um par de chinelos ao vestiário, já que a transmissão ocorre pelo contato com secreções provenientes da boca, pele ou vagina, por exemplo. Os principais sintomas são: coceira intensa; irritação na região; inchaço; e, dependendo do local, ardência para urinar. Por sorte, produtos antifúngicos costumam resolver a questão. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos, devido a bactérias que se aproveitam da alteração de pH e se proliferam no local.

3. Micose ou frieira

Procure limpar equipamentos de musculação (Imagem: Reprodução/Friends_stock/Envato Elements)

Também causada por fungos, a micose pode ocorrer em diferentes partes do corpo, como na região oral, vaginal, peniana ou intestinal. Quando ocorre nos pés e, mais especificamente, entre os dedos, recebe o nome de frieira. 

Independente do tipo, é transmitida pelo contato direto com a área afetada ou com objetos e locais contaminados pelo fungo, como chão de banheiros, piscinas e equipamentos de ginásticas não higienizados. Novamente, antifúngicos melhoram a maioria dos casos.

4. Escherichia coli

Mais conhecida como E. coli, esta é uma bactéria bastante comum e é encontrada nos intestinos e nas fezes. Em casos de infecção, a pessoa pode desenvolver quadros de cólicas, diarreia e vômitos. Normalmente, a contaminação ocorre através de alimentos não higienizados, mas superfícies infectadas também podem ser um meio de transmissão. 

Para a maioria das pessoas, beber bastante água e esperar que os sintomas passem é o melhor “tratamento”. Em caso de piora, pode ser necessário recorrer a um médico. Afinal, em situações  extremas, altas concentrações dessa bactéria no organismo podem levar a insuficiência renal e ao óbito do paciente.

5. KPC (superbactéria)

Ainda no campo das bactérias, a Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), uma superbactéria, pode ser transmitida através de superfícies contaminadas com secreções, como aparelhos de ginástica compartilhados ou bebedouros de academia.

Atualmente, é conhecida pela sua resistência a múltiplos antibióticos e pode causar uma variedade de complicações, como pneumonia, feridas e infecções sanguíneas e no trato urinário. Em caso de infecção, é preciso procurar ajuda médica.

Andar descalço no vestiário de academia pode trazer alguns riscos para a saúde (Imagem: Reprodução/Wavebreakmedia/Envato Elements)

6. Infecções estreptocócicas

A ciência conhece pelo menos 20 tipos diferentes de bactérias estreptocócicas. Estes agentes infecciosos, normalmente, causam infecções respiratórias, como a faringite estreptocócica, amigdalite ou pneumonia, bem como infecções na pele. 

Estreptococos são bastante contagiosos e podem ser transmitidos através do contato direto entre pessoas, gotículas aéreas ou via superfícies contaminadas. Nesses casos, equipamentos de exercícios suados e vestiários podem, potencialmente, abrigar estreptococos. A maioria dos quadros pode ser resolvida com antibióticos.

7. Gripe

A gripe é o tipo mais comum de infecção respiratória que pode acometer pessoas que se exercitam em academias. Como é transmitida pelo ar, ambientes onde há baixa circulação de ar podem ser um local propício para a contaminação. Já que a probabilidade alguém aspirar as gotículas da tosse ou espirro de alguém é alta. Outra possibilidade de transmissão pode ocorrer ao tocar em superfícies já contaminadas, como um halter de musculação.

Na maioria das vezes, as pessoas infectadas devem sentir: febre; dores no corpo; tosse; espirros; calafrios; e falta de energia. Nesses casos, o tratamento é apenas dos sintomas — não existe remédio contra a gripe —, mas a ingestão de líquidos e uma boa alimentação devem ajudar na recuperação.

8. Covid-19

O coronavírus SARS-CoV-2 também pode ser transmitido tanto pelo ar — nesse caso, os aerossóis da covid-19 são partículas ainda menores que as gotículas — quanto por superfícies contaminadas. Por isso, é imprescindível a higienização das superfícies e o uso de máscaras dentro das academias. Afinal, ninguém sabe se a pessoa infectada desenvolverá um quadro leve, moderado ou grave da doença.

Uso de máscaras na academia evita contágio da covid-19 (Imagem: Reprodução/LightFieldStudios/Envato Elements)

Na província de Ontario, no Canadá, um único aluno infectado pelo coronavírus, em uma aula de spinning, transmitiu a infecção para outras 61 pessoas. Como a covid-19 é conhecida pela sua alta capacidade transmissão, é necessário que os cuidados sejam mantidos, principalmente quando se pedala ou corre.

9. HPV

O Papilomavirus Humano, também conhecido como HPV, é um vírus relativamente comum e que pode causar verrugas em diferentes lugares, como garganta e pés. Em mulheres, a infecção pode estar associada com o câncer do colo do útero.  

A principal forma de transmissão é através do sexo e da troca de fluidos contaminados, mas existem outras. Por exemplo, é possível se contaminar, teoricamente, andando descalço em banheiros e chuveiros com superfícies contaminadas. Apesar disso, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) destaca que “não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas”. Mesmo assim, a prevenção é o melhor caminho.

10. S. aureus

O Staphylococcus aureus (S. aureus) é uma bactéria que causa, principalmente, infecções de pele, de forma leve. A ação desse agente infeccioso pode causar erupções cutâneas superficiais, espinhas ou furúnculos na pele, mas, caso a infecção avance, outras complicações podem aparecer, como pneumonia ou meningite. Um dos riscos é que a bactéria pode viver em superfícies secas por longos períodos.

Recentemente, foram relatados casos de MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) em academias nos Estados Unidos, mas é extremamente raro. Isso porque os locais mais associados com a sua transmissão continuam sendo hospitais e centros de saúde. Independente disso, a bactéria pode ser transmitida por superfícies e equipamentos contaminados. Agora, por uma última vez, não se esqueça: higienize os equipamentos antes do início do treino e, se possível, depois — para ajudar a barrar contaminações. 

*Com informações do CanalTech

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